A unificação da Alemanha e Itália trouxe insatisfação em relação à
partilha da África e Ásia gerando uma competição...
Processo de Unificação da Itália e
Alemanha
A Construção da Nação
O termo nação e nacionalismo é recente na história europeia, data do
século XVIII, na época das revoluções burguesas → que questionava o Estado como
patrimônio da nobreza e elaborava modelos de Estados independentes. Os modelos
de construção dos Estados ao longo do século XIX (na Europa e no Mundo) são
copiados dos modelos franceses e norte-americanos.
Visto de um ângulo mais abrangente, nacionalismo pode ser identificado
como um sentimento de preferência por tudo o que é próprio da nação. A expressão
está ligada, portanto, à ideologia nacional, ou seja, à ideia de que existem
laços culturais, históricos e linguísticos que unem os habitantes de um determinado
território → atualmente está ligado ao ideal de defesa e desenvolvimento
econômico nacional.
Unificação Italiana
As revoluções de
1848 na Itália tiveram um caráter essencialmente nacionalista. Pretendia-se
libertar as regiões que se encontravam sob domínio austríaco e, a partir daí,
concretizar a unificação italiana → O fracasso desse levante revolucionário
demonstrou a necessidade de ajuda externa → a base da unificação então será com
o apoio externo e não com um levante popular → com a liderança do Estado de
Piemonte-Sardenha.
Propostas divergentes. O Ressurgimento, composto pela alta burguesia e
pela nobreza fundiária e orientado pelo conde e grande proprietário de
terras Camilo di Cavour, visava à unificação com a implantação de uma
monarquia liberal. O movimento conhecido como Jovem Itália pretendia unificar o
país e implantar um regime republicano. Era apoiado pela pequena e média
burguesia e liderado por Giuseppe Mazzini.
Com menor expressividade existiam os grupos religiosos que defendiam a ideia
de que o melhor para a Itália seria constituir-se em uma nação presidida pelo
papa.
A liderança do processo de unificação se dividiu entre os seguidores
Risorgimento e os "camisas vermelhas" de Giuseppe
Garibaldi (que já havia lutado pelos ideais republicanos no Brasil e em
outras áreas da América Latina).
A participação da França: foi a favor contra Rússia e Áustria e contra:
durante a conquista de Roma e dos Estados Pontifícios (teve que desistir devido
às derrotas na Guerra Franco-Prussiana).
Questão Romana: O conflito entre o Estado e a Igreja na Itália → que só foi resolvido em
1929 com o Tratado de Latrão → que
criou o Estado do Vaticano e tornou o catolicismo religião oficial na
Itália.
A Unificação Alemã
Histórico
Sacro Império Romano-Germânico → século XVII: divisão em cerca de 300 unidades (por motivos religiosos,
dinásticos ou políticos) → após as Guerras Napoleônicas: 38 Estados na
Confederação Germânica do Norte (sob a hegemonia Austríaca) → 1834, União
aduaneira ou Zollverein (supressão das barreiras alfandegárias entre
os Estados Alemães) → 1870, forma-se o Estado Nacional Alemão.
A liderança da unificação coube a Prússia de Guilherme I, assistido por
Bismarck. → aliança entre os Junkes (nobreza aristocrática que participava do
estado e exército alemães) e a alta burguesia (interessada na continuidade do
processo de modernização da Alemanha).
Guerras de Conquistas: Contra a Dinamarca (teve o apoio da Áustria), contra a Áustria (teve o
apoio da Itália) e contra a França (na Batalha Franco-Prussiana, onde a França
perdeu os territórios da Alsácia e Lorena).
Unificações Nacionais – Itália,
Alemanha e EUA
As unificações italiana e alemã alteraram profundamente o quadro político
da Europa no século XIX, rearticulando um equilíbrio de forças que resultaria
na I Guerra Mundial (1914 - 1918). Na base desses processos estavam os
movimentos liberais, acentuadamente nacionalistas nestes países. No mesmo
contexto, de consolidação dos Estados Nacionais, insere-se a Guerra de Secessão
nos EUA.
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