GOVERNO DE
FLORIANO PEIXOTO (1891-1894)
Adepto do
republicanismo radical, o "florianismo" virou sinônimo de
"jacobinismo". Foi um defensor da força para garantir e manter a
ordem republicana, recebendo o apelido de "Marechal de Ferro".
Floriano
reabriu o Congresso Nacional, suspendeu o estado de sítio e tomou medidas
populares, tais como a redução do valor dos aluguéis das moradias populares e
suspendeu a cobrança do imposto sobre a carne vendida no varejo. Estas medidas,
porém, estavam restritas à cidade do Rio de Janeiro.
Seu
governo também incentivou a indústria, através do estabelecimento de medidas
protecionistas -evidenciando o nacionalismo dos republicanos radicais. No
entanto, este caráter nacionalista de Floriano Peixoto era mal visto no
exterior, o que podia dificultar as exportações de café e os interesses dos
cafeicultores.
O início
da oposição à Floriano partiu em abril de 1892, quando foi publicado o
Manifesto dos Treze Generais, acusando o governo de ilegal e exigindo novas
eleições. Pela Constituição de 1891, em seu artigo 42, caso o Presidente não
cumprisse a metade do seu mandato, o vice-presidente deveria convocar novas
eleições. Floriano não acatou as determinações do artigo, alegando ter sido
eleito de forma indireta.
Os
oficiais que assinaram o manifesto foram afastados e presos por insubordinação.
Paralelamente, o Rio Grande do Sul foi palco de uma guerra civil, envolvendo grupos oligárquicos pelo controle do poder político.
Paralelamente, o Rio Grande do Sul foi palco de uma guerra civil, envolvendo grupos oligárquicos pelo controle do poder político.
Federalistas
(maragatos), liderados por Gaspar Silveira Martins, contra os castilhistas
(pica-paus), chefiados por Júlio de Castilhos, que controlavam a política do
Estado de maneira centralizada. Floriano interveio no conflito, denominado
Revolução Federalista em favor de Júlio de Castilhos. O apoio de Floriano aos castilhistas
fez com que a oposição apoiasse os maragatos.
Em
setembro de 1893, na cidade do Rio de Janeiro, eclode a Segunda Revolta da
Armada, liderada pelo almirante Custódio de Melo. A revolta da Armada fundiu-se
com a Revolução Federalista. A repressão aos dois movimentos foi extremamente
violenta.
Após três
anos de governo, enfrentando com violência as oposições, Floriano Peixoto passa
a presidência à Prudente de Morais, tendo início a República das Oligarquias.
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