SOCIOLOGIA (E.M)_EXERCÍCIOS - POLÍTICA E PATICIPAÇÃO POLÍTICA


SOCIOLOGIA (E.M)_(EXERCÍCIOS)_AULA 02 - REFLEXÃO CRÍTICA, SENSO CRÍTICO E SENSO COMUM


AULA 02 - REFLEXÃO CRÍTICA, SENSO CRÍTICO E SENSO COMUM

EXERCÍCIOS

1 - As revoluções ocorridas no século XVIII colocaram em destaque mudanças significativas da vida em sociedade em relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas:
a) sociedades
b) esperteza
c) religiosidade
d) tradições

2 - Para lançarmos um olhar sociológico sobre a realidade é necessário:
a) Afastar-se da forma simplista de olharmos a sociedade, adotando um método de observação e análise para aprofundarmos a compreensão desta.
b) Aproximarmos da análise simplista, já que o senso comum aumenta a compreensão da sociedade.
c)  Desconsiderarmos as análises sociológicas, propostas pelos sociólogos.
d) Considerar as características do senso comum estudadas durante as aulas.

3 - “Uma forma de conhecimento que se conforma com a aparência. Muitas vezes usa frases do tipo : “porque vi”, “porque senti”, “porque disseram” etc. Em geral não procura ir além da primeira explicação”.
Esta definição se refere a:
a) Característica imediatista do senso comum
b) Característica preconceituosa do senso comum
c) Característica acrítica do senso comum
d) Característica superficial do senso comum.

SOCIOLOGIA (E.M)_AULA 02 - REFLEXÃO CRÍTICA, SENSO CRÍTICO E SENSO COMUM


AULA 02 - REFLEXÃO CRÍTICA, SENSO CRÍTICO E SENSO COMUM

REFLEXÃO CRÍTICA



Reflexão crítica é uma tomada de consciência; examinar ou analisar fundamentos e razões de alguma coisa. Refletir criticamente é a atitude de investigar e para isso é necessário conhecer aquilo que é investigado, sem nenhum tipo de preconceitos e pré-conceitos
Refletir criticamente também é posicionar-se a partir de um conjunto de informações conquistados com a pesquisa. Alguns termos usados quando se fala em reflexão crítica é não julgar o livro pela capa; não julgar o fato ou objeto sem antes conhecer criteriosamente suas intenções, origem, autores, etc.
Reflexão crítica é uma reflexão abrangente, questionadora e autônoma, é fazer com que um indivíduo vá além do que ele lê ou ouve, buscando diferentes perspectivas para analisar um mesmo fato. É o fato de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido como um todo.

SOCIOLOGIA (E.M)_AULA 01_(REVISÃO) - O QUE É SOCIOLOGIA?


AULA 01_(REVISÃO) - O QUE É SOCIOLOGIA?

REVISÃO

1 – Uma das consequências diretas da Revolução Industrial e das péssimas condições de trabalho foi?
a) A eclosão de movimentos de protesto e uma organização da classe trabalhadora.
b) O surgimento movimentos pelo fim da sociedade industrial.
c) A luta pela preservação ambiental em oposição a degradação da natureza, devido a industrialização.
d) As lutas por direitos feministas nas grandes cidades europeias.

2 – A sociologia que nasceu no século XIX tinha como objetivo constituir uma resposta intelectual para os problemas sociais ocasionados pela?
a) A Revolução Russa (1812)
b) A Revolução Inglesa (1688)
c) A Revolução Americana (1776)
d) A Revolução Industrial (1750)

3 – A Revolução francesa concorreu para ascensão da burguesia ao poder, o que serviu para dar maior visibilidade?
a) Aos problemas e os conflitos sociais.
b) A estratificação da sociedade francesa.
c) A hierarquização da sociedade francesa da época.
d) Apenas aos problemas econômicos da França.

SOCIOLOGIA (E.M)_AULA01_ (GABARITO - EXERCÍCIOS) - O QUE É SOCIOLOGIA?


AULA 01_(EXERCÍCIOS) - O QUE É SOCIOLOGIA?

GABARITO

1 - (UEG 2013) A sociologia nasce no séc. XIX após as revoluções burguesas sob o signo do positivismo elaborado por Augusto Comte. As características do pensamento comtiano são:
a) a sociedade é regida por leis sociais tal como a natureza é regida por leis naturais; as ciências humanas devem utilizar os mesmos métodos das ciências naturais e a ciência deve ser neutra.
b) a sociedade humana atravessa três estágios sucessivos de evolução: o metafísico, o empírico e o teológico, no qual predomina a religião positivista.
c) a sociologia como ciência da sociedade, ao contrário das ciências naturais, não pode ser neutra porque tanto o sujeito quanto o objeto são sociais e estão envolvidos reciprocamente. d) o processo de evolução social ocorre por meio da unidade entre ordem e progresso, o que necessariamente levaria a uma sociedade comunista.

2 - (Upe 2013) Leia o texto a seguir: (...) grandes mudanças que ocorreram na história, aquelas que aconteceram no século XVIII — e que se estenderam no século XIX — só foram superadas pelas grandes transformações do final do século XX. As mudanças provocadas pela revolução científico-tecnológica, que denominamos Revolução Industrial, marcaram profundamente a organização social, alterando-a por completo, criando formas de organização e causando modificações culturais duradouras, que perduram até os dias atuais.

DIAS, Reinaldo. Introdução à sociologia. São Paulo: Persons Prentice Hall, 2004, p. 124.

Percebe-se que as transformações ocorridas nas sociedades ocidentais permitiram a formação de relações sociais complexas. Nesse sentido, a Sociologia surgiu com o objetivo de compreender essas relações, explicando suas origens e consequências.

Sobre o surgimento da Sociologia e das mudanças históricas apontadas no texto, assinale a alternativa CORRETA.
a) A grande mecanização das fábricas nas cidades possibilitou o desenvolvimento econômico da população rural por meio do aumento de empregos.
b) A divisão social do trabalho foi minimizada com as novas tecnologias introduzidas pelas revoluções do século XVIII.
c) A Sociologia foi uma resposta intelectual aos problemas sociais, que surgiram com a Revolução Industrial.
d) O controle teológico da sociedade foi possível com o emprego sistemático da razão e do livre exame da realidade.
e) As atividades rurais do período histórico, tratado no texto, foram o objeto de estudo que deu origem à Sociologia como ciência.

3 - (UFU 2012) De um ponto de vista histórico, a Sociologia como disciplina científica surgiu ao longo do século XIX, como uma resposta acadêmica para os novos desafios da modernidade. Além das concepções advindas da Revolução Francesa e dos fortes impactos gerados pela Revolução Industrial na estrutura da sociedade, muitos outros processos também contribuíram para essa nova configuração da sociedade. Em seu desenvolvimento ao longo do século XIX, a Sociologia esperava entender:
a) os grupos sociais e as causas da desintegração social vigente.
b) como a Revolução Industrial encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, sem prejuízo da classe trabalhadora, pois foi beneficiada por esse processo.
c) a subjetividade dos indivíduos nas pesquisas sociológicas, como uma disciplina científica com metodologia própria.
d) a Revolução Francesa como um marco revolucionário que modificou o pensamento, apesar de manter as tradições aristocratas.

3º ANO_HISTÓRIA_BATERIA DE EXERCÍCIOS II - REPÚBLICA VELHA


3º ANO (E.M) – BATERIA DE EXERCÍCIOS II – REPÚBLICA VELHA

QUESTÕES

1 - (SUESC) As frequentes intervenções federais no quadriênio Hermes da Fonseca caracterizaram a política:
a) Civilista.
b) Intervencionistas.
c) Das Salvações.
d) Localistas.
e) De cabrestos.

2 - (UFRJ)
Relacione os itens abaixo e aponte a alternativa com ordem correta de opções:
1 Política das Salvações.
2 Remodelação do Rio de Janeiro.
3 Semana de Arte Moderna.
4 Campanha Civilista.
5 Caixa de Conversão.
( ) Afonso Pena.
( ) Rodrigues Alves.
( ) Epitácio Pessoa.
( ) Rui Barbosa.
( ) Pinheiro Machado.
a) 5, 4, 3, 2, 1.
b) 1, 3, 5, 4, 2.
c) 2, 3, 5, 4, 1.
d) 1, 4, 2, 3, 5.
e) 5, 2, 3, 4, 1.

3 - (UC-MG) O movimento de Canudos pode ser interpretado como:
a) Insatisfação da nascente classe média.
b) Luta pelo retorno da Monarquia.
c) Reforço da posição da Igreja.
d) Reação contra o latifúndio.
e) Reivindicação por melhores salários.

3º ANO_HISTÓRIA_BATERIA DE EXERCÍCIOS I - REPÚBLICA VELHA


3º ANO (E.M) – BATERIA DE EXERCÍCIOS I – REPÚBLICA VELHA

QUESTÕES

1 – O que é uma Constituição?
a) Documento que relata um determinado período histórico de nosso país.
b) Conjunto dos deveres que nós brasileiros devemos seguir fielmente.
c) Conjunto de leis que estabelecem os direitos e deveres do cidadão.
d) Documento administrativo onde ficam registrados todos os gastos de nosso país no ano.

2 – Que estados controlavam a chamada “república do café com leite”?
a) São Paulo e Rio de Janeiro
b) São Paulo e Minas Gerais
c) São Paulo e Bahia
d) Rio de Janeiro e Minas Gerais

3 – Sobre a “Política dos Governadores” é correto afirmar:
a)   Foi um arranjo político que resolveu o problema financeiro da enorme dívida externa do Brasil.
b)   Principal fator que contribuiu para a revolta de Canudos em 1896, liderada por Antônio Conselheiro.
c)   Arranjo político que consistia na troca de favores entre o coronel, o governador e o governo federal.
d)   As alternativas “a” e “b” estão corretas.

3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 12 - A POLÍTICA DO CAFÉ COM LEITE


AULA 12 – A POLÍTICA DO CAFÉ COM LEITE





Revezamento, no executivo federal, entre as oligarquias paulistas e mineiras. O número de deputados federais era proporcional à população dos Estados. Desta forma, os estados mais populosos - São Paulo e Minas Gerais, tinham maior número de representantes no Congresso.

A POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ



Durante a segunda metade do século XIX, até a década de 30, no século XX, o café foi o principal produto de exportação brasileiro. As divisas provenientes desta exportação, contribuíram para o início do processo de industrialização (a partir de 1870). Por volta de 1895, a economia cafeeira passou a mostrar sinais de crise. As causas desta crise estavam no excesso de produção mundial. A oferta, sendo maior que a procura, acarreta uma queda nos preços prejudicando os fazendeiros de café.
Procurando combater a crise, a burguesia cafeeira - que possuía o controle do aparelho estatal, criou mecanismos econômicos de valorização do café. Em 1906, na cidade de Taubaté, os cafeicultores criaram o Convênio de Taubaté (plano de intervenção do estado na cafeicultura), com o objetivo de promover a elevação dos preços do produto. Os governadores dos estados produtores de café (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) garantiam a compra de toda a produção cafeeira com o intuito de criar estoques reguladores. O governo provocaria uma falta do produto, favorecendo a alta dos preços e, em seguida, vendia o produto.
Os resultados desta política de valorização do café foram prejudiciais para a economia do país. Para comprar toda a produção de café, os governos estaduais recorriam a empréstimos no exterior, que seriam arcados por toda a população. Além disto, caso a demanda internacional não fosse suficiente, os estoques excedentes deveriam ser queimados, causando prejuízos para o governo (que já havia pagado pelo produto).
A política de valorização do café, de forma geral, provoca o que se chamará de "socialização das perdas". Os lucros econômicos ficariam com a burguesia cafeeira e as perdas seriam distribuídas entre a população.


3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 11 - A POLÍTICA DOS GOVERNADORES


AULA 11 – A POLÍTICA DOS GOVERNADORES


A política dos governadores foi um sistema político não oficial, idealizado e colocado em prática pelo presidente Campos Sales (1898 – 1902), que consistia na troca de favores políticos entre o presidente da República e os governadores dos estados. De acordo com esta política, o presidente da República não interferia nas questões estaduais e, em troca, os governadores davam apoio político ao executivo federal.
Neste acordo político, os governadores de estados não faziam oposição ao governo federal e ainda instruíam os congressistas de sua base a votarem favoravelmente aos projetos do executivo. Nas eleições, os governadores usavam todos os recursos (legais e ilegais) para eleger deputados e senadores que iriam dar apoio e sustentação política ao presidente da República. Ligados a grandes proprietários rurais (coronéis), os governadores usavam o “voto de cabresto”, fraudes eleitorais e compra de votos para conseguir eleger seus representantes nas eleições. 
Ao presidente da República cabia o papel de não interferir na vida política dos estados. O governo federal fazia vistas grossas à corrupção, ilegalidades de todo tipo e má administração que muitas vezes faziam parte de muitos governos estaduais.
Um dos principais mecanismos de manutenção da política dos governadores foi a Comissão Verificadora dos Poderes.  Esta comissão era chefiada por um político de confiança do presidente da República e seus integrantes eram congressistas que apoiavam o governo federal. Cabia a esta comissão verificar a legitimidade da eleição dos deputados e senadores. Quando estes eram de oposição, quase sempre eram impedidos de assumir o mandato (não eram diplomados), pois a comissão considerava ilegais suas eleições. Quando isso ocorria, diziam que o político havia sofrido a “degola”. Desta forma, o governo federal inviabilizava o mandato de políticos de oposição.
 Este mecanismo injusto e antidemocrático existiu no Brasil durante quase todo período da República Velha. Foi somente com a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, que a política dos governadores, assim como outros mecanismos políticos usados pelas oligarquias, deixou de existir.

3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 10 - OS CORONÉIS E OS TRABALHADORES


AULA 10 – OS CORONÉIS E OS TRABALHADORES

OS CORONÉIS E OS TRABALHADORES



Com a economia do país sendo retirada especificamente das nossas terras, esses coronéis eram tidos como homens de grande importância, pois eles eram responsáveis por produzir e escoar toda a riqueza econômica nacional, que vinha diretamente da área rural. Por esse motivo, sempre que alguma grande decisão deveria ser tomada, era na área rural, na casa do grande senhor de terras que se davam as reuniões. O coronel tinha uma autoridade que ninguém poderia questionar, e essa autoridade lhe dava autonomia para ter ao seu lado a própria polícia que lhe protegia e lhe respeitava.
Como possuíam milhares de funcionários, eles tinham em suas mãos uma máquina de votos, que quando chegava a época da política era muito bem explorada. Muitos desses trabalhadores eram impedidos de estudar, a maioria dos coronéis não gostavam de ver seus funcionários instruídos, pois isso poderia prejudicar seus interesses. Na época eleitoral aconteciam as ameaças e a troca de votos, instrumentos que esses latifundiários usavam para eleger a si ou seus candidatos. Se alguém ousasse revidar a ordem do coronel quanto a escolha do candidato serviria de exemplo para os outros, sofrendo perseguição e violência. Foi daí que surgiu o termo “voto de cabresto”.

3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 09 - A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA E A BASE DE SEUS MECANISMOS DE CONTROLE: O CORONELISMO (1894-1930)


AULA 09 – A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA E A BASE DE SEUS MECANISMOS DE CONTROLE: O CORONELISMO (1894-1930)

A posse de prudente de Morais representou o principal rompimento na novíssima República. Com ele subiram ao poder todos os ricos e poderosos latifundiários de todo o país que procuravam, desde a proclamação, um espaço para comandar a nação.
Nesse momento, o Estado brasileiro passou a estar atrelado aos interesses das áreas rurais do país. A política exercida no interior passou a, praticamente, determinar a estrutura política nacional. No poder dos latifundiários dos municípios estava o centro giratório das principais relações de poder que passaram a caracterizar a república oligárquica.

A QUESTÃO DO CLIENTELISMO

As oligarquias agrárias iniciaram seu processo de dominação através da utilização de um tipo de poder construído na época imperial. Esse poder foi vulgarmente chamado pela historiografia de Coronelismo. Quem eram os coronéis*? Eram donos de vastas extensões de terra do interior do país. Durante a Primeira República os coronelões estavam concentrados principalmente na região nordeste e possuíam um sólido esquema de dominação sobre os habitantes da região chamado de clientelismo.
Essa prática fora construída no campo nordestino desde os tempos coloniais e tinha sua lógica baseada em uma intensa troca de favores entre os coronéis e seus agregados (trabalhadores das fazendas), sendo que entre esses dois sujeitos existia uma série de relações de interdependência que permaneceram no tempo até a República. O agregado tem o dever de servir o coronel em variadas tarefas, desde a ajuda nas plantações até apoio nas possíveis disputas de terras que eram frequentes no interior do país. Em troca o coronel dispensava um tratamento de proteção em vários sentidos ao agregado, além de ceder-lhe um pedaço de terra para desenvolver um plantio próprio dentro da fazenda.
Em muitos casos, essas relações clientelistas de interdependência entre coronéis e agregados eram transformadas em relações de parentesco, quando os agregados permaneciam por gerações nas fazendas dos coronéis ou quando os dois grupos sociais selavam a aliança familiar através do batismo dos filhos dos agregados. Dessa forma, os coronéis passavam a ser “padrinhos” daquela criança e daquela família e os agregados passavam ser seus “afilhados”. Essa relação foi denominada pelos estudiosos do coronelismo como compadrio. Na realidade, as relações coronelistas no interior do país eram bastante baseadas nesses antigos e profundos laços culturais que acabavam formando uma outra forma de família baseada no compadrio e no clientelismo. O coronel, em muitos casos, era definido como um “pai” ou “padrinho” de toda uma região e tinha sob sua “proteção” milhares de pessoas que, em troca, reconheciam e respeitavam sua autoridade. É a partir dessa lógica que o coronelismo se transformou em suporte de poder político das oligarquias que dominaram o país até 1930.

3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 08 - CORONELISMO, MANDONISMO E CLIENTELISMO


AULA 08 – CORONELISMO, MANDONISMO E CLIENTELISMO

CORONELISMO

O coronelismo foi uma experiência típica dos primeiros anos da república brasileira. De fato, essa experiência faz parte de um processo de longa duração que envolve aspectos culturais, econômicos, políticos e sociais do Brasil. A construção de uma sociedade vinculada com bases na produção agrícola latifundiária, desde os tempos da colônia, poderia contar como um dos fatos históricos responsáveis pelo aparecimento do chamado “coronel”.
No período regencial, a incidência de levantes e revoltas contra a nova ordem política instituída concedeu uma ampliação de poderes nas mãos dos proprietários de terra. A criação da Guarda Nacional buscou reformular os quadros militares do país através da exclusão de soldados e oficiais que não fossem fiéis ao império. Os grandes proprietários recebiam a patente de coronel para assim recrutarem pessoas que fossem alinhadas ao interesse do governo e das elites.
Com o fim da República da Espada, as oligarquias agroexportadoras do Brasil ganharam mais espaço nas instituições políticas da nação. Dessa maneira, o jogo de interesses envolvendo os grandes proprietários e a manutenção da ordem social ganhava maior relevância. Os pilares da exclusão política e o controle dos grandes espaços de representação política sustentavam-se na ação dos coronéis.
Na esfera local, os coronéis utilizavam das forças policiais para a manutenção da ordem. Além disso, essas mesmas milícias atendiam aos seus interesses particulares. Em uma sociedade em que o espaço rural era o grande palco das decisões políticas, o controle das polícias fazia do coronel uma autoridade quase inquestionável. Durantes as eleições, os favores e ameaças tornavam-se instrumentos de retaliação da democracia no país.
Qualquer pessoa que se negasse a votar no candidato indicado pelo coronel era vítima de violência física ou perseguição pessoal. Essa medida garantia que os mesmos grupos políticos se consolidassem no poder. Com isso, os processos eleitorais no início da era republicana eram sinônimos de corrupção e conflito. O controle do processo eleitoral por meio de tais práticas ficou conhecido como “voto de cabresto”.
Essa falta de autonomia política integrava uns processos onde deputados, governadores e presidentes se perpetuavam em seus cargos. Os hábitos políticos dessa época como a chamada “política dos governadores” e a política do “café com leite” só poderiam ser possíveis por meio da ação coronelista. Mesmo agindo de forma hegemônica na República Oligárquica, o coronelismo tornou-se um traço da cultura política que perdeu espaço com a modernização dos espaços urbanos e a ascensão de novos grupos sociais, na década de 1920 e 1930.
Apesar do desaparecimento dos coronéis, podemos constatar que algumas de suas práticas se fazem presentes na cultura política do nosso país. A troca de favores entre chefes de partido e a compra de votos são dois claros exemplos de como o poder econômico e político ainda impedem a consolidação de princípios morais definidos nos processos eleitorais e na ação dos nossos representantes políticos.

3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 07 - REPÚBLICA OLIGÁRQUICA



OLIGARQUIA


É uma forma de governo na qual o poder político se encontra concentrado nas mãos de um pequeno número de pessoas privilegiado por algum motivo.
O termo Oligarquia foi cunhado na Grécia Antiga, local, por sinal, no qual surgiram vários dos termos que utilizamos no nosso vocabulário político de todos os dias. A Grécia, que é o berço da civilização ocidental, é também o berço dos referenciais políticos do Ocidente. No entanto, alguns dos termos utilizados naquela época possuíam significados ou valores diferenciados dos que utilizamos atualmente. Um desses exemplos é o termo democracia, bastante distinta daquela que se defende hoje. A democracia grega era privilégio de gregos, homens e maiores de 21 anos. Ou seja, altamente excludente. Oposta ao sentido que empregamos hoje. Da mesma forma, o termo Oligarquia também sofreu alterações.
O termo Oligarquia significa governo de poucos. Na Grécia Antiga ele era utilizado para fazer referência a regimes comandados por pessoas de alto poder aquisitivo, onde começou sua confusão com o governo de elites econômicas. Mas este é apenas um dos casos em que o termo pode ser aplicado. Na verdade, o termo correto para identificar o governo dos mais ricos é plutocracia. O governo de poucos sugerido pela expressão Oligarquia pode ser consequências de variados privilégios na sociedade, ou seja, distinções provenientes da nobreza, de laços familiares, de poder militar, de partidos políticos ou a própria riqueza. Como consequência da concentração do poder nas mãos de grupos pequenos ocorre o impedimento que amplas parcelas da população participem do processo político e de seus debates.
As Oligarquias podem se desenvolver com diferentes métodos também. Temos exemplos históricos de Oligarquias tirânicas, sustentadas pela servidão ou mesmo que tenham sido benéficas para seu povo. Mas, de modo geral, os oligarcas estão reunidos em grupos sociais que dominam as expressões culturais, políticas e econômicas de um país, beneficiando-se de seus poderes para a promoção de seus interesses. É possível encontrar manifestações oligárquicas no interior de um regime dito democrático. Isso ocorre quando um político promove ações que beneficiam apenas uma parcela ou um grupo da sociedade, repercutindo na exclusão de outros grupos.
O Brasil tem sua história republicana muito marcada pela Oligarquia. O período designado como Primeira República, entre 1889 e 1930, é o mais emblemático nessa questão, pois os grandes proprietários de terras se beneficiavam de seus poderes econômicos para promover apropriação dos meios políticos, influenciando diretamente o futuro do país. Desta forma, o período em questão foi repleto de corrupção, trocas de favores e outras condutas inadequadas para sustentar o poder de um grupo apenas, os cafeicultores. Ainda que fosse vigente um regime democrático e representativo, uma parcela da sociedade se beneficiava amplamente de seus poderes para gerir o Estado de acordo com seus próprios interesses.

Antônio Gaspareto Júnior

3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 06 - ELEIÇÕES E VOTO NO BRASIL


AULA 06 – ELEIÇÕES E VOTO NO BRASIL

ELEIÇÕES E VOTO NO BRASIL IMPÉRIO E REPÚBLICA

Os cidadãos brasileiros irão em outubro às urnas (eletrônicas) para as eleições presidenciais. De acordo com a atual Constituição, promulgada em 1988, devem votar os maiores de 18anos; entre 16 e 18 anos o voto é facultativo, bem como aos maiores de 70 e aos analfabetos. Essa Constituição também inovou ao criar a eleição em dois turnos para os cargos do Executivo (federal, estadual e certas prefeituras). Se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta dos votos, os dois primeiros colocados disputam novo pleito.  A participação em eleições foi se ampliando ao longo de nossa história. No Império, o voto era censitário, ou seja, para votar e ser eleito, exigia-se renda mínima dos cidadãos: 100 mil-réis anuais. Esses elegiam outros, com renda de 200 mil-réis, a quem cabia escolher os deputados e senadores (400 e 800 mil-réis, respectivamente). Havia, portanto, eleições indiretas ou em dois graus, sendo o voto aberto. A Constituição de 1824 não fazia referência às mulheres, mas, segundo os costumes da época, elas estavam privadas desses direitos. Admitiu-se o voto de analfabetos, pelo menos até 1882, quando se introduziu o censo literário (saber ler e escrever) e eleições diretas. Na primeira Constituição republicana (1891), eliminou-se o critério econômico com o voto universal e direto. Apesar disso, o número de eleitores não cresceu, pois a exigência de alfabetização excluiu a maioria da população. As mulheres continuaram sem direitos políticos e o voto, aberto. A maior importância dada aos municípios reforçou a influência dos “coronéis, latifundiários que comandavam seu “curral eleitoral” por meio da troca de favores e da violência. Como o voto não era secreto, podia ser facilmente controlado – “voto de cabresto”. Pressões e fraudes caracterizaram as eleições na República Velha (1889-1930). Foi o Código Eleitoral de 1932, no governo Vargas, que trouxe importantes alterações. O voto tornou-se obrigatório e secreto, extensivo às mulheres, em pleitos regulados pela justiça eleitoral. No entanto, apenas as mulheres que exercessem atividade pública remunerada tinham o dever de votar. Previu-se a representação profissional de empregadores e empregados, com 40 deputados classistas. Tais inovações foram incorporadas à Carta de 1934, suspensa com a outorga da Constituição da ditadura varguista (Estado Novo, 1937-45). A Constituição de 1946 restabeleceu os princípios democráticos e estipulou a obrigatoriedade do voto aos brasileiros maiores de 18 anos, alfabetizados, de ambos os sexos. Assim, homens e mulheres passaram a exercer igualmente seus direitos políticos. Durante os Governos Militares (1964-85), presidente, governadores e prefeitos de capitais e de algumas cidades foram escolhidos de forma indireta. As eleições voltaram a ser diretas com o processo de redemocratização, respectivamente em 1989, 1982 e 1985. Destacou-se nesse processo o movimento das “Diretas Já”, em 1984.
Maria Odette Simão Brancatelli

3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 05 - A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA – TEXTO COMPLEMENTAR


AULA 05 – A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA – TEXTO COMPLEMENTAR




O que é uma Constituição?
Em primeiro lugar, queremos lembrar que Constituição é um conjunto de leis que estabelecem os direitos e deveres dos cidadãos.

Tipos de Constituição
Uma Constituição pode ser promulgada ou outorgada. Uma Constituição Promulgada é aquela que resulta das discussões de toda a sociedade, seja através de entidades de representação de determinados setores, seja pelo trabalho da Assembleia Constituinte, que também representa a sociedade através dos deputados. Outorgada é a Constituição imposta pelo Estado. Toda a sociedade é obrigada a cumprir suas determinações.
Ao pensarmos em uma CONSTITUIÇÃO promulgada, ela parece contemplar as necessidades de toda a sociedade, não é mesmo? Nossa primeira constituição republicana, mesmo sendo promulgada, apresentou muitos limites. Ela, na verdade, não representava os anseios de toda a sociedade, mas apenas de parte dela.
A primeira constituição da república brasileira foi elaborada por uma Assembleia Constituinte formada, em sua maioria, por representantes de senhores de terras e de militares. Foi promulgada em fevereiro de 1891.

A Constituição de 1891 estabelecia:
• Eleições diretas para os cargos do Poder Legislativo e do Poder Executivo;
• O voto era direito dos cidadãos maiores de 21 anos, do sexo masculino, alfabetizados. Logo, era somente para uma pequena parcela da população brasileira;
• Divisão dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário;
• O país tornou-se uma República Federativa: os Estados Unidos do Brasil;
• Sistema presidencialista com mandato de 4 anos sem direito à reeleição;
• Ocorreu a separação entre Igreja e Estado, isto é, a Igreja Católica deixou de ser a Igreja oficial do Estado;
• As antigas províncias passaram à condição de estado e ganharam autonomia para promulgar sua própria constituição, fazer empréstimos no exterior e eleger seu governador (na época, chamado de Presidente). Assim, a Constituição criava a descentralização do poder, permitindo que os governantes dos estados tivessem autonomia suficiente para legislar de acordo com seus interesses.

2ºANO (E.M) - HISTÓRIA_(EXERCÍCIOS) AULAS 01 A 06


2ºANO (E.M) - HISTÓRIA_(EXERCÍCIOS) AULAS 01 A 06

EXERCÍCIOS

1 – Qual das alternativas a seguir apresenta apenas características associadas ao Liberalismo?
a) Monarquia parlamentarista, mínima participação do estado na economia, propriedade privada e metalismo.   
b) O processo de cercamentos, tolerância religiosa, direito divino, crescimento urbano.
c) Livre comércio, o processo de cercamentos, a monarquia parlamentarista e o trabalho servil.  
d) Propriedade privada, livre comércio, igualdade perante a lei e mínima participação do estado na economia.

2 – Analise as afirmações abaixo sobre o Iluminismo e assinale a única alternativa INCORRETA:
a) Muitas das ideias propostas pelos filósofos iluministas são, hoje, elementos essenciais da identidade da sociedade ocidental.   
b) O pensamento iluminista caracterizou-se pela ênfase conferida à razão, entendida como inerente à condição humana.   
c) Diversos pensadores iluministas conferiram uma importância central à educação enquanto instrumento promotor da civilização.   
d) A filosofia iluminista proclamou a liberdade como direito incontestável de todo ser humano.   
e) O Iluminismo constituiu-se importante instrumento político das monarquias absolutas.

3 – O Renascimento e, posteriormente, o Iluminismo caracterizaram-se por estabelecer novos horizontes em diversas áreas do saber. Sobre suas semelhanças e diferenças, considere as afirmações a seguir.
I - Os dois movimentos preconizavam a razão como um meio para a compreensão dos dogmas católicos, no intuito de recolocar a Igreja no centro da sociedade secular.
II - Enquanto o Renascimento se destacou principalmente nos planos das letras, das artes e das ciências, o Iluminismo mostrou forte vocação filosófico política, repercutindo nas principais revoluções da época.
III - Ambos se destacaram por recolocar o foco do pensamento filosófico e crítico no ser humano e na razão, sem, no entanto, deixar de abordar as questões metafísicas.

Quais estão corretas?
a) Apenas I.   
b) Apenas II.   
c) Apenas I e III.   
d) Apenas II e III.   
e) I, II e III.