2º ANO_(GABARITO)_EXERCÍCIOS_FILÓSOFOS ILUMINISTAS_AULAS 08,09 E 10 (PARTE IV)

GABARITO – EXERCÍCIOS (PARTE IV)

 

1 - (UERJ 2012) O Iluminismo é a saída do homem do estado de tutela, pelo qual ele próprio é responsável. O estado de tutela é a incapacidade de utilizar o próprio entendimento sem a condução de outrem. Cada um é responsável por esse estado de tutela quando a causa se refere não a uma insuficiência do entendimento, mas à insuficiência da resolução e da coragem para usá-lo sem ser conduzido por outrem. Sapere aude!* Tenha a coragem de usar seu próprio entendimento. Essa é a divisa do Iluminismo.

 

IMMANUEL KANT (1784) *Expressão latina que significa “tenha a coragem de saber, de aprender”. In: BOMENY, Helena e FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Ed. do Brasil, 2010.

 

No contexto da expansão capitalista no século XIX, uma das ideias centrais do Iluminismo, de acordo com o texto, está associada diretamente à valorização da:

a) superioridade técnica

b) soberania econômica

c) liberdade política

d) razão científica

 

2 - (UFPR 2013) Considere o excerto abaixo, escrito pelo filósofo John Locke em 1689: Ninguém pode impor-se a si mesmo ou aos outros, quer como obediente súdito de seu príncipe, quer como sincero venerador de Deus: considero isso necessário sobretudo para distinguir entre as funções do governo civil e da religião, e para demarcar as verdadeiras fronteiras entre a Igreja e a comunidade. Se isso não for feito, não se pode pôr um fim às controvérsias entre os que realmente têm, ou pretendem ter, um profundo interesse pela salvação das almas, de um lado, e, de outro, pela segurança da comunidade.

 

(LOCKE, John. Carta acerca da tolerância. São Paulo: Abril Cultural, 1973, col. Os Pensadores, vol. XVIII, p. 11.)

 

Sobre a relação desse pensamento de Locke com o contexto político e religioso da Europa do século XVII, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) John Locke defende a separação entre poder político e poder espiritual como base para o estabelecimento de novas comunidades religiosas na Europa ocidental, em referência às novas ações da Inquisição nos reinos católicos.

( ) John Locke defende a tolerância religiosa e a separação entre a religião e o poder político civil como bases para a convivência pacífica entre os povos de religiões diferentes, em referência às guerras entre católicos e protestantes nos reinos europeus.

( ) John Locke defende a separação entre Igreja e Estado no contexto das perseguições empreendidas pelos puritanos na Inglaterra, após saírem vitoriosos da Revolução Gloriosa. ( ) John Locke defende a tolerância religiosa como condição primordial para a convivência entre diferentes religiões que nasciam na Europa no século XVII e que eram perseguidas pela Igreja Católica, como o espiritismo kardecista.

 

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – F – V – F.

b) F – V – F – F.

c) V – F – F – F.

d) F – F – F – V.

e) V – F – F – V.

 

3 - (UEBA) No período do Iluminismo, no século XVIII, o filósofo Montesquieu defendia:

a) divisão da riqueza nacional.

b) divisão dos poderes executivo, legislativo e judiciário.

c) divisão da política em nacional e internacional.

d) formação de um Poder Moderador no Congresso Nacional.

e) implantação da ditadura moderna.

 

4 - (FGV-SP) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...) A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções.”

 

J.J. Rousseau, Do contrato social. in: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 22.

 

A respeito da citação de Rousseau, é correto afirmar:

a) Aproxima-se do pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito divino de manter a ordem social.

b) Filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição de submissão semelhante à escravatura.

c) Filia-se ao pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão praticada na América, ao longo do século XIX.

d) Aproxima-se do pensamento anarquista, que estabelece que o Estado deve ser abolido e a sociedade, governada por autogestão.

e) Aproxima-se do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social como um direito sagrado que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens.

 

5 - “Constituída de 35 volumes, contou com o trabalho de 130 colaboradores: Montesquieu contribuiu com um artigo sobre estética; Quesnay e Turgot versaram sobre economia; Rousseau discorreu sobre música e Voltaire e Hans Holbach sobre filosofia, religião e literatura. Embora pretendesse mostrar a unidade íntima entre a cultura e o pensamento humano, as opiniões de seus autores divergiam muito. Sobre religião, por exemplo, era difícil chegar-se a um consenso, já que havia deístas e ateístas”.

 

VICENTINO, C. História Geral. Ensino médio. São Paulo: Scipione, 2000. p. 239.

 

As características acima expostas referem-se à obra conhecida como:

a) Contrato Social.

b) Segundo Tratado do Governo Civil.

c) Enciclopédia.

d) Cartas inglesas.

e) Cartas persas.

 

6 - “É proibido matar e, portanto, todos os assassinos são punidos, a não ser que o façam em larga escala e ao som das trombetas.”

“Não concordo com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la.”

 

As frases acima são exemplos de um dos filósofos iluministas mais conhecidos, caracterizado por frases sarcásticas e irreverentes. Quem é o autor das frases?

a) Montesquieu.

b) John Locke.

c) Voltaire.

d) Descartes.

e) Rousseau.

 

7 - UFF 2010) O escritor e filósofo francês Voltaire, que viveu no século XVIII, é considerado um dos grandes pensadores do Iluminismo ou Século das Luzes. Ele afirma o seguinte sobre a importância de manter acesa a chama da razão:


“Vejo que hoje, neste século que é a aurora da razão, ainda renascem algumas cabeças da hidra do fanatismo. Parece que seu veneno é menos mortífero e que suas goelas são menos devoradoras. Mas o monstro ainda subsiste e todo aquele que buscar a verdade arriscar-se-á a ser perseguido. Deve-se permanecer ocioso nas trevas? Ou deve-se acender um archote onde a inveja e a calúnia reacenderão suas tochas? No que me tange, acredito que a verdade não deve mais se esconder diante dos monstros e que não devemos abster-nos do alimento com medo de sermos envenenados”.


Identifique a opção que melhor expressa esse pensamento de Voltaire.

a) Aquele que se pauta pela razão e pela verdade não é um sábio, pois corre um risco desnecessário.

b) A razão é impotente diante do fanatismo, pois esse sempre se impõe sobre os seres humanos.

c) Aquele que se orienta pela razão e pela verdade deve munir-se da coragem para enfrentar o obscurantismo e o fanatismo.

d) O fanatismo e o obscurantismo são coisas do passado e por isso a razão não precisa mais estar alerta.

e) A razão envenena o espírito humano com o fanatismo.

 

8 - (UFPR 2010) A respeito do iluminismo, movimento filosófico que se difundiu pela Europa ao longo do século XVIII, considere as seguintes afirmativas:

1. Muitos filósofos franceses, entre eles Montesquieu, Voltaire e Diderot, foram leitores, admiradores e divulgadores da filosofia política produzida pelos ingleses, como John Locke com sua crítica ao absolutismo.

2. Quanto à organização do Estado, os filósofos iluministas não eram contra a monarquia, mas contra as ideias de que o poder monárquico fora constituído pelo direito divino e de que ele não poderia ser submetido a nenhum freio.

3. A descoberta da perspectiva e a valorização de temas religiosos marcaram as expressões artísticas durante o iluminismo.

4. Em Portugal, o pensamento iluminista recebeu grande impulso das descobertas marítimas.

 

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.

b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.

d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.

e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

 

9 - “O que os homens querem aprender da natureza é como aplicá-la para dominar completamente sobre ela e sobre os homens. Fora isso, nada conta. [...] O que importa não é aquela satisfação que os homens chamam de verdade, o que importa é a operation, o procedimento eficaz. [...] A partir de agora, a matéria deverá finalmente ser dominada, sem apelo a forças ilusórias que a governem ou que nela habitem, sem apelo a propriedades ocultas. O que não se ajusta às medidas da calculabilidade e da utilidade é suspeito para o iluminismo [...] O iluminismo se relaciona com as coisas assim como o ditador se relaciona com os homens. Ele os conhece, na medida em que os pode manipular. O homem de ciência conhece as coisas, na medida em que as pode produzir.”

 

(ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Conceito de Iluminismo. Trad. Zeljko Loparic e Andréa M. A . C. Loparic. 2. ed. São Paulo: Victor Civita, 1983. p. 90-93.)

 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a racionalidade instrumental em Adorno e Horkheimer, é CORRETO afirmar:

a) A razão iluminista deixou de proporcionar ao homem a saída da menoridade da qual ele era culpado e permitiu o pleno uso da razão, dispensando a necessidade de tutores para guiar as suas ações.

b) O procedimento eficaz, aplicado segundo as regras da calculabilidade e da utilidade, está desvinculado da esfera das relações humanas, pois sua lógica se restringe aos objetos da natureza.

c) A racionalidade instrumental gera de forma equânime conforto e bem estar para as pessoas na esfera privada e confere um maior grau de liberdade na esfera social.

d) A visão dos autores sobre a racionalidade instrumental guarda um reconhecimento positivo para setores específicos da alta tecnologia, sobretudo aqueles vinculados à informática.

e) Contrariando a tese do projeto iluminista que opõe mito e iluminismo, os autores entendem que há uma dialética entre essas duas dimensões que resulta no domínio perpetrado pela razão instrumental.

 

10 - Nicolau Maquiavel (1.469 - 1527) assim se expressara em sua obra O Príncipe: “(...) O mesmo acontece com a fortuna, que demonstra sua força onde não encontra uma virtú (virtude) ordenada, pronta para resistir-lhe e volta seu ímpeto [impulso; força] para onde sabe que não foram erguidos diques ou barreiras para contê-las. Se considerares a Itália, que é sede e origem dessas alterações, verás que ela é um campo sem diques e sem qualquer defesa; caso ela fosse convenientemente ordenada pela virtú, como a Alemanha, a Espanha e a França, ou esta cheia não teria causado as grandes mudanças que ocorrem, ou estas nem sequer teriam acontecido.”

 

(MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1973 – p. 109.)

 

Sobre o conceito de Virtú, peça chave para se entender as ações de um governante (ou príncipe), CONSIDERE as assertivas abaixo:

I – A virtú é a qualidade dos oportunistas, que agem guiados pelo instinto natural e irracional do egoísmo e almejam, exclusivamente, sua vantagem pessoal.

II – O homem de virtú é antes de tudo um sábio, é aquele que conhece as circunstâncias do momento oferecido pela fortuna e age seguro do seu êxito.

III – Mais do que todos os homens, o príncipe tem de ser um homem de virtú, capaz de conhecer as circunstâncias e utilizá-la a seu favor.

IV – Partidário da teoria do direito divino, Maquiavel vê o príncipe como um predestinado e a virtú como algo que não depende dos fatores históricos.

 

ASSINALE a ÚNICA alternativa que contém as assertivas verdadeiras:

a) I, II, III

b) II e III

c) II e IV

d) II, III e IV

e) I, II e IV

 

11 - (Unicamp 2012) 

 

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

“O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. (...) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar uma multidão e reger uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos possam ser submetidos sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma agregação, mas não de uma associação; nela não existe bem público, nem corpo político.”

 

(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.)

 

No trecho apresentado, o autor

a) argumenta que um corpo político existe quando os homens encontram-se associados em estado de igualdade política.   

b) reconhece os direitos sagrados como base para os direitos políticos e sociais.   

c) defende a necessidade de os homens se unirem em agregações, em busca de seus direitos políticos.   

d) denuncia a prática da escravidão nas Américas, que obrigava multidões de homens a se submeterem a um único senhor.   

 

12 - (UFPR 2013)  Considere o excerto abaixo, escrito pelo filósofo John Locke em 1689:

 

Ninguém pode impor-se a si mesmo ou aos outros, quer como obediente súdito de seu príncipe, quer como sincero venerador de Deus: considero isso necessário sobretudo para distinguir entre as funções do governo civil e da religião, e para demarcar as verdadeiras fronteiras entre a Igreja e a comunidade. Se isso não for feito, não se pode pôr um fim às controvérsias entre os que realmente têm, ou pretendem ter, um profundo interesse pela salvação das almas, de um lado, e, de outro, pela segurança da comunidade.

 

(LOCKE, John. Carta acerca da tolerância. São Paulo: Abril Cultural, 1973, col. Os Pensadores, vol. XVIII, p. 11.)

 

Sobre a relação desse pensamento de Locke com o contexto político e religioso da Europa do século XVII, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):

 

(     ) John Locke defende a separação entre poder político e poder espiritual como base para o estabelecimento de novas comunidades religiosas na Europa ocidental, em referência às novas ações da Inquisição nos reinos católicos.

(     ) John Locke defende a tolerância religiosa e a separação entre a religião e o poder político civil como bases para a convivência pacífica entre os povos de religiões diferentes, em referência às guerras entre católicos e protestantes nos reinos europeus.

(     ) John Locke defende a separação entre Igreja e Estado no contexto das perseguições empreendidas pelos puritanos na Inglaterra, após saírem vitoriosos da Revolução Gloriosa.

(     ) John Locke defende a tolerância religiosa como condição primordial para a convivência entre diferentes religiões que nasciam na Europa no século XVII e que eram perseguidas pela Igreja Católica, como o espiritismo kardecista.

 

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – F – V – F.   

b) F – V – F – F.   

c) V – F – F – F.   

d) F – F – F – V.   

e) V – F – F – V.   

 

13 - (Upf 2013)  O movimento iluminista teve maior desenvolvimento na França. Entre os intelectuais que se destacaram naquele contexto estão Voltaire, Rousseau e o nobre Charles de Montesquieu, cuja obra de maior repercussão foi Do espírito das leis, publicação na qual defendia um fracionamento dos poderes, como se lê na seguinte passagem: “Não há liberdade se o poder Judiciário não está separado do Legislativo e do Executivo... Se o Judiciário se unisse com o Executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor” (Charles de Montesquieu, Do espírito das leis, 1748). Sobre o pensamento e o constante nas obras de Montesquieu é correto afirmar que: 

a) os poderes Legislativo, Executivo e Federativo, independentes um do outro, são a melhor garantia contra a opressão dos governantes.   

b) cada governo deve ser eleito por sufrágio universal, válido para todos os que tiverem renda econômica igual ou superior a três salários mínimos.    

c) a infelicidade humana deriva de liberdade, pois essa leva à anarquia.   

d) o Legislativo, o Executivo e o Judiciário devem ser independentes e fiscalizar um ao outro, reciprocamente.   

e) as alternativas “b” e “d” estão corretas.   

 

14 - (Upe 2013)  O pensamento de Jean-Jacques Rousseau, fruto do Iluminismo do século XVIII, serve de base, até hoje, para a estrutura política de vários países democráticos ocidentais.

Sobre essa realidade, assinale a alternativa CORRETA.

a) No pensamento de Rousseau, gesta-se a teoria do Estado Contratualista.   

b) Os atuais regimes socialistas do ocidente condenam a propriedade privada com base nos textos de Rousseau.   

c) A teoria da tripartição do poder é herança do pensamento de Rousseau.   

d) A teoria contratualista foi desenvolvida por Rousseau na obra Origem da desigualdade social entre os homens.   

e) Na obra Do contrato social, Rousseau defende a propriedade privada.   

 

15 - (G1 - UFPR 2013)  Voltaire, Rousseau, Montesquieu, entre outros filósofos, marcaram o Movimento Iluminista, do século XVIII, conhecido como o “Século das Luzes”, principalmente na França.

Uma de suas marcas foi defender:

a) os dogmas da Igreja Católica.   

b) o liberalismo econômico e combater o absolutismo.   

c) a manutenção do sistema escravista.   

d) o voto apenas para aqueles que dispusessem de certa renda.   

e) a educação como forma de prevenir futuros castigos, como a prisão.   

 

16 -  (UESPI 2012)  Rousseau foi um pensador que atuou, com destaque, no século XVIII. Sua obra mais famosa é o Contrato Social. No entanto, Rousseau também:

a) formulou teses defensivas para consolidação do liberalismo econômico, continuando as reflexões de Adam Smith.   

b) defendeu o retorno aos governos monárquicos, desde que respeitassem a vontade coletiva da maioria que vivia na pobreza.   

c) criticou a existência da escravidão, mas não se colocou contra o mercantilismo e os projetos colonizadores europeus.   

d) preocupou-se com a pedagogia, redefinindo princípios e combatendo preconceitos comuns entre os mais conservadores.   

e) fortaleceu o liberalismo político e exaltou a liberdade do cidadão, embora não tocasse no problema da soberania popular.   

 

17 -  (UNESP 2012)  Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes. Esse, o problema fundamental cuja solução o contrato social oferece.

[...]

Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo.

 

                                               (Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social, 1983.)    

 

O texto apresenta características

a) iluministas e defende a liberdade e a igualdade social plenas entre todos os membros de uma sociedade.   

b) socialistas e propõe a prevalência dos interesses coletivos sobre os interesses individuais.   

c) iluministas e defende a liberdade individual e a necessidade de uma convenção entre os membros de uma sociedade.   

d) socialistas e propõe a criação de mecanismos de união e defesa de todos os trabalhadores.   

e) iluministas e defende o estabelecimento de um poder rigidamente concentrado nas mãos do Estado.   

 

18 -  (UFBA 2011)  O texto abaixo recupera uma obra iluminista dirigida por Denis Diderot e Jean Le Rond d’ Alembert em 1772 na França intitulada de Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. No texto afirma-se que: na Enciclopédia não havia área do engenho humano que não tivesse sido coberta. Ali se observava a confiança de que os homens eram, ou poderiam ser em breve, senhores de seu próprio destino, que poderiam moldar o mundo e a sociedade de acordo com as suas conveniências e vantagens. Era o poder da razão. Por isso mesmo a Enciclopédia não foi universalmente aceita. Poderes absolutistas civis e religiosos foram seus combatentes.

 

(DENT, N. J. H.. Dicionário de Rousseau. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 125. Texto adaptado).

 

A Enciclopédia proposta por homens iluministas como Diderot e D’Alembert foi criticada no contexto francês do final do século XVIII, porque nesse momento o absolutismo e razão significavam:

a) modos de viver compatíveis, nos quais as novas e modernas ideias iluministas eram absorvidas pelo reis absolutistas, que percebiam nelas as vantagens de se moldar o mundo à sua forma e maneira, tal qual Diderot em sua Enciclopédia, o que possibilitou o advento da monarquia constitucional.   

b) maneiras de fazer política muito diversas. Para os racionalistas, a política absolutista deveria ser reestruturada ou revolucionada, pois os novos saberes deveriam vir das experiências e das novas ciências e não de Deus e seus emissários.   

c) formas incompatíveis de fazer política, pois o povo francês era governado por um velho monarca autoritário que se mantinha no poder devido à ignorância do povo. Já livros como a Enciclopédia seriam a base da nova sociedade revolucionária e anarquista proposta por Diderot.   

d) formas de governo inconciliáveis, pois o absolutismo era autoritário e ultrapassado. Já os enciclopedistas, como Diderot e D’ Alembert, desejavam a derrubada do Rei pelos revolucionários comunistas, formadores de ideias socialistas vinculadas ao marxismo contemporâneo.   

e) maneiras de governar muito distintas, pois os enciclopedistas eram homens de letras, que iniciavam carreira política nas fileiras dos liberais exaltados, e o monarca absolutista era do partido conservador francês.   

 

19 - (G1 - cps 2010)  O filósofo René Descartes valorizava, no ser humano, a capacidade de raciocínio, colocando o indivíduo em posição central no conjunto da natureza. Em seu Discurso sobre o Método, de 1637, o filósofo afirmou que os seres humanos seriam “senhores e possuidores” da natureza.

 

Este ponto de vista, predominante no século XVII, se opõe ao ponto de vista ecoprático atual, porque

a) no século XVII, enfatizava-se a exploração da natureza e, atualmente, enfatiza-se a sustentabilidade.   

b) Descartes já criticava o desenvolvimento industrial da Inglaterra naquele período, como também o fazem os ecologistas de hoje.   

c) o filósofo defendia uma atitude solidária do ser humano para com o meio ambiente, visando a sua preservação.   

d) o ponto de vista cartesiano contrariava o pensamento antropocêntrico desenvolvido na Idade Moderna.   

e) na Idade Média, época de Descartes, predominavam as explicações religiosas, hoje abandonadas.   

 

20 - (Upe 2010)  As ideias liberais refizeram reflexões e anunciaram novas perspectivas sociais. Um dos seus pensadores mais famosos, Locke, defendia o(a):

a) fim da propriedade privada e da escravidão, com a queda da sociedade colonial e o fim do mercantilismo.   

b) consolidação da monarquia constitucional, destacando a universalidade do conhecimento e as possibilidades de massificação da cultura.   

c) pensamento de Descartes e o fim do idealismo, ressaltando o valor de democracia e da igualdade social na Europa do século XVII.   

d) liberdade natural dos humanos, afirmando a necessidade da propriedade privada e combatendo o absolutismo.   

e) crescimento do capitalismo, sem afetar a força política da nobreza e dos poderes dos monarcas absolutistas da época.   

 

21 -  (Pucmg 2010)  O pensamento fisiocrático na França pretendia:

a) a concessão de plena liberdade para o exercício de atividades econômicas, resumida na expressão “laissez faire”.   

b) a manutenção das condições econômicas e políticas estabelecidas na França no período mercantilista.   

c) a instituição do liberalismo político, combinado com a fixação, pelo Estado, de rígidas regras para as atividades econômicas.   

d) o fim do socialismo utópico de Fourier e formação do proletariado de Karl Marx na Inglaterra do século XIX.   

 

22 - (Mackenzie 2009)  O liberalismo, como doutrina política atuante no cenário europeu, desde o final do século XVIII, apesar de servir principalmente aos interesses da classe burguesa, contagiou as parcelas populares da sociedade oprimidas pelos nobres e pelos reis absolutistas. A sociedade liberal burguesa, mesmo sendo essencialmente elitista, era mais livre do que a do Antigo Regime, por: 

a) acreditar nos princípios democráticos, criando oportunidades para que todos pudessem enriquecer.    

b) permitir maior liberdade de expressão e pensamento, e restringir a esfera de atuação do poder estatal.    

c) aumentar, ao máximo, o poder do Estado, para que este defendesse as liberdades individuais de cada cidadão.   

d) garantir a igualdade de todos perante a lei e o direito à participação política para todos os indivíduos.    

e) praticar o liberalismo econômico, acreditando na livre iniciativa e na regulamentação do comércio pelo Estado.   

 

23 - (UEL 2008)           "[...] Diderot aprendera que não bastava o conhecimento da ciência para mudar o mundo, mas que era necessário aprofundar o estudo da sociedade e, principalmente, da história. Tinha consciência, por outro lado, que estava trabalhando para o futuro e que as ideias que lançava acabariam frutificando."

 

            (FONTANA, J. "Introdução ao estudo da História Geral". Bauru, SP: EDUSC, 2000. p. 331.)

 

Com base no texto, é correto afirmar:

a) As contribuições das ciências naturais são suficientes para melhorar o convívio humano e social.   

b) Ideias não passam de projetos que, enquanto não são concretizadas, em nada contribuem para o progresso humano.   

c) Diderot considerava importante o conhecimento das ciências humanas para o aprimoramento da sociedade.   

d) Para o autor, os historiadores recorrem ao passado, enquanto os filósofos questionam a própria existência da sociedade.   

e) A ciência e o progresso material são suficientes para conduzir à felicidade humana.   

 

24 - (UFPE 2003)  A revolução intelectual do século XVII teve como um de seus mentores René Descartes. Sobre as concepções cartesianas de Descartes, é correto afirmar:

 

1) o método cartesiano foi o instrumento matemático da dedução pura: consistia em partir de verdades simples, como na geometria, e chegar às conclusões particulares;

2) o novo racionalismo e o mecanicismo propostos em suas doutrinas repudiavam as orientações teológicas do passado;

3) afirmando ser a metafísica a prova racional da existência de Deus, rejeitou a revelação como fonte da verdade; a razão passou a ser considerada como um único manancial de conhecimento;

4) o mundo físico para Descartes é um só. Do seu plano mecanicista geral não excluía nem mesmo o organismo dos animais e dos homens;

5) "Penso, logo existo" é um axioma encontrado por Descartes para expressar o seu método matemático da dedução pura.

Estão corretas:

a) 1 e 2 apenas   

b) 2 e 3 apenas   

c) 4 e 5 apenas   

d) 1 e 5 apenas

e) 1, 2, 3, 4 e 5   

 

25 - (Cesgranrio 2002)  "Que nunca percam de vista o Soberano e a Nação o fato de a terra ser a única fonte das riquezas e que a agricultura as multiplica. Que a propriedade dos bens de raiz e das riquezas mobiliárias seja assegurada aos seus possuidores legítimos, pois a segurança da propriedade é o fundamento essencial da ordem econômica da Sociedade."

 

            (QUESNAY, François. "Maximes Generales du Government Economique")

François Quesnay, médico do rei francês, lançou as bases do pensamento liberal fisiocrata, o qual:

a) preconizava que o aumento populacional determinava a escassez de recursos naturais e, consequentemente, crises de abastecimento.   

b) defendia as aspirações burguesas e criticava a intervenção estatal na vida econômica.   

c) defendia a valorização da nobreza territorial, a supremacia e a centralização do poder real.   

d) explicitava as aspirações das massas camponesas que tencionavam destruir o feudalismo.   

e) relacionava a necessidade de se manter a ordem socioeconômica ao montante de investimentos industriais.   


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