A CRISE DO SISTEMA COLONIAL
Para que possamos
entender a crise no sistema colonial,
precisamos retroceder no tempo, mais especificamente, aos séculos XVII e XVIII,
época em que ocorreram diversas revoluções, tanto na Europa, como na América do
Norte, assim como uma série de movimentos nativistas foi realizada na colônia
portuguesa.
Nesse período, a Europa era marcada pela ascendência da burguesia ao
poder, e vivia-se o Século das Luzes, o Iluminismo burguês – filosofia cultuada
pelo racionalismo, que defendia a liberdade, a igualdade e a felicidade entre
os homens, sendo assim, contrário ao Antigo Regime. Esse pensamento iluminista
contribuiu para que houvesse a Revolução Industrial, a Revolução Americana e a
Revolução Francesa.
A Revolução Industrial ocorreu por volta de 1760, na Inglaterra,
modificando totalmente as relações econômicas, de modo que, os industriais
desejassem o fim das colônias, para que estas pudessem consumir os seus
produtos, além de fornecerem matérias-primas baratas, dando início ao
capitalismo industrial.
Com a Revolução Americana no ano de 1770, as Treze Colônias inglesas
tornam-se independentes, e após longa guerra de independência contra a
Metrópole – Inglaterra –, os colonos ingleses, das colônias de povoamento,
declaram independência no ano de 1776.
Outra mudança política ocorrida foi a Revolução Francesa, em 1789,
caracterizada pela ascensão da burguesia francesa ao poder, favorecendo
definitivamente a quebra do antigo sistema colonial.
Essas revoluções e principalmente a independência dos Estados Unidos da
América, assim como, as ideias iluministas, foram fatores que repercutiram nas
colônias portuguesas, e, devido aos abusos do fiscalismo português nas regiões
auríferas – regiões que contém ouro – vários movimentos emancipacionistas foram
realizados contra os colonos portugueses.
Um dos principais movimentos emancipacionistas foi a Inconfidência
Mineira, em 1789, e que, apesar de seu caráter idealista, foi a
primeira rejeição ao sistema colonial português. Outro importante movimento
emancipacionista foi a Conjuração Baiana
ou dos Alfaiates, em 1798.
A crise no sistema colonial decorreu pelo surgimento de novas ideias e
pelas transformações econômicas e sociais, além do próprio desenvolvimento das
colônias – resultado do investimento e das explorações realizadas pelos
colonizadores –, gerando na população colonial, o sentimento de emancipação.
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