1ºANO (E.M) - HISTÓRIA_(REVISÃO) AULAS 01 A 04


1ºANO (E.M) - HISTÓRIA_(REVISÃO) AULAS 01 A 04

EXERCÍCIOS

1 - (UFRN) As sociedades que, na Antiguidade, habitavam os vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates tinham em comum o fato de:
a) terem desenvolvido um intenso comércio marítimo, que favoreceu a constituição de grandes civilizações hidráulicas.
b) serem povos orientais que formaram diversas cidades-estados, as quais organizavam e controlavam a produção de cereais.
c) haverem possibilitado a formação do Estado a partir da produção de excedentes, da necessidade de controle hidráulico e da diferenciação social.
d) possuírem, baseados na prestação de serviço dos camponeses, imensos exércitos que viabilizaram a formação de grandes impérios milenares.

2 - "Recebe o nome de "modo de produção asiático" o modo como se estruturava a economia e a produção de bens nos primeiros estados surgidos no Oriente, como por exemplo Índia, China e Egito. A agricultura, que fez o homem abandonar o nomadismo, continuava sendo a mola propulsora de todas as comunidades mais avançadas que iam surgindo, mas agora, quem era responsável pelo cultivo eram comunidades de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam sob um regime de servidão coletiva, ou seja, os responsáveis, em última análise, pelo sustento de todo um estado, já sofriam sob um regime de exploração de alguém que conseguiu arregimentar poder através da força. Logicamente, todas as terras pertenciam ao Estado, representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó, que se apropriavam do excedente agrícola, dividindo-o entre a nobreza, formada por sacerdotes e guerreiros. Esse cenário caracterizava um estado centralizador, onde reis ou imperadores eram venerados como verdadeiros deuses, e por isso mesmo tinham o poder de controlar a produção de alimentos, favorecendo ou não o seu povo, mediante satisfação de seus desígnios. Nos períodos entressafras, era comum o deslocamento de grandes levas de servos e escravos que iriam trabalhar nas imensas obras públicas, especialmente canais de irrigação e monumentos".

Na Antiguidade Oriental, o MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO caracterizou-se fundamentalmente pelo(a):
a) fracionamento da propriedade fundiária com a entrega de uma pequena parte a nobres da Casa Real e o restante doado a toda sociedade carente.
b) concentração do controle da produção num partido político geralmente vinculado ao imperador, com destaque para a atuação de Clístenes e Sólon.
c) apropriação formal da terra pelo Estado e efetiva pela comunidade camponesa, cujos membros deveriam pagar impostos e prestar serviços ao Estado.
d) emprego da força de trabalho escravo, com um comércio operoso, controlado por uma burguesia ativa e numerosa.
e) industrialização acentuada, calcada sobre uma farta e barata força de trabalho servil, amplamente dominada pela aristocracia fundiária.

3 - A Extensa área produtiva que abrange as terras desde o golfo pérsico, passando pelo mediterrâneo e atingindo o Egito, região que foi o berço das mais antigas civilizações, denomina-se:
a) Fenícia.   
b) Vale do Nilo.     
c) Mesopotâmia. 
d) Vale Fértil. 
e) Crescente Fértil.


4 - (UFPE) Analise a alternativa que indica semelhança entre o Modo de Produção Primitivo e o Modo de Produção Asiático: a) O solo pertencia apenas à comunidade.
b) A unidade das diversas comunidades se fazia através do poder do Estado.
c) O trabalho agrícola era realizado para produzir excedentes.
d) Existia o coletivismo na agricultura.
e) O uso da moeda era limitado.

5 - (UERN 2015)  Leia os textos.
Quinta-feira, 9 de abril de 1992.
Dear Mimmy,

Não estou indo à escola. Nenhuma escola de Sarajevo está funcionando. O perigo sobrevoa as colinas que nos cercam. Apesar disso, tenho a sensação de que pouco a pouco a calma está voltando. Já não se ouvem as fortes explosões das granadas nem dos tiros. Só uma rajada de vez em quando, depois o silêncio volta bem rápido [...].

Zlata.
(Disponível em:
http://www.aridesa.com.br/servicos/click_professor/claudia_alencar/resumos/genero_diario.pdf.)

Umberto Eco é um intelectual que transita com rara habilidade por áreas do pensamento que não se bicam. Ele é um teórico respeitado no campo da semiótica e um literato de mão-cheia. Veja parte de sua entrevista à

Revista Veja:
Veja – Na sua opinião, que impacto a internet vai ter na cultura?
Eco – Pela primeira vez, a humanidade dispõe de uma enorme quantidade de informação a um baixo custo. No passado essa informação era custosa, implicava comprar livros, explorar bibliotecas. Hoje, do centro da África, se você estiver conectado, poderá ter acesso a textos filosóficos em latim. É uma mudança e tanto.

(Disponível em: http://veja.abril.com.br/especiais/digital4/entrevista.html.)
Em relação aos textos apresentados (um diário e uma entrevista), e ao conceito de fonte histórica, é correto afirmar que:
a) o segundo texto não pode ser considerado fonte histórica adequada, pois não contém comprovação documental.   
b) ambos são considerados fontes históricas e podem servir como apoio e fundamentação para estudos históricos.   
c) o primeiro texto pode ser considerado uma fonte fidedigna da história, pois está registrado num documento escrito.   
d) nenhum representa fontes históricas, pois estão relacionados à cultura imaterial, referindo-se a relatos orais e pessoais.   


6 - (UERN 2015)  Em um sítio dentro da área de proteção ambiental de Lagoa Santa/MG, onde foi encontrado, em 1975, o crânio de Luzia, a “primeira brasileira” – como ficou conhecida –, os arqueólogos e antropólogos estão desenterrando um tesouro pré-histórico. Os 35 esqueletos descobertos ali, desde 2001, revelam práticas da cultura mais antiga do país de, aproximadamente, 11 mil anos atrás.

(Revista Planeta. Novembro de 2014. Ano 42 - Ed. 504, p. 36.)

Sobre as relações que se estabelecem entre a antropologia, a arqueologia e a história, é correto afirmar que:
a) as pesquisas arqueológicas servem para identificar as características genéticas e biológicas de povos ancestrais, mas se limitam a esses aspectos.   
b) práticas funerárias e até outros hábitos do cotidiano de nossos antepassados podem ser descobertos através das pesquisas arqueológicas e antropológicas.   
c) os métodos utilizados pela arqueologia e antropologia atuais são tão minimalistas que não deixam dúvidas acerca dos hábitos e costumes dos povos primitivos.   
d) devido à fragilidade do material que normalmente é encontrado nas escavações (ossos e fósseis), não se pode utilizar tecnologias mais avançadas nessas pesquisas.   

7 - (UECE 2015)  Para escrever a História é necessário reunir fontes ou testemunhos, que são objetos e documentos – restos do passado – que ajudam a compreender um contexto em determinado período. Sobre as fontes documentais, é correto afirmar que: 
a) não variam de modo algum; devem ser documentos escritos e registrados pela autoridade competente da época e do local do qual fazem parte.    
b) são criadas e elaboradas criteriosamente para fins de escrita por arqueólogos, etnólogos, paleógrafos e paleontólogos.    
c) são várias, como as escritas, as orais, as narrativas e os mitos populares, e diferentes tipos de imagens.    
d) são os mapas geográficos e históricos, e as linhas temporais, cronologias específicas dos calendários geomorfológicos.    

8 - (UERN 2015)  Leia os textos.

Tão objetiva é a História para os positivistas que um de seus maiores ensinamentos é a busca incessante de fatos históricos e sua comprovação empírica. Daí a necessidade, como pregavam, de se utilizar na pesquisa e análise o máximo de documentos possíveis.
(Disponível em: http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html.)

A nova história não estuda épocas. [...] Aqui reside o conceito de “História de Longa Duração”. Segundo Braudel, a história situa-se em três escalões: a superfície, uma história dos acontecimentos que se insere no tempo curto; a meia encosta, uma história conjuntural, que segue um ritmo mais lento; e, em profundidade, uma história de longa duração, que põe em causa os séculos.
(Disponível em: http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html.)

Os textos expõem duas concepções historiográficas: Positivista e da Nova História, ou Escola dos Annales. Ao analisá-los, é possível inferir que:
a) ambos concordam que a história é um verdadeiro exercício de erudição, acima de qualquer ciência e dos progressos da humanidade.   
b) para os positivistas, a história é uma ciência secundária, embora consiga obter a totalidade sobre todos os fatos não deixando dúvidas no que se refere à sua veracidade.   
c) os historiadores tradicionais pensam na história como essencialmente uma narrativa dos acontecimentos, enquanto a Nova História está mais preocupada com a análise das estruturas.   
d) a busca dos fatos, segundo os representantes dos Annales, é feita pela observação minuciosa dos textos e documentos oficiais, da mesma maneira que o químico, ou outro cientista, o faz.   

9 - (Upe 2014)  Existe em todo historiador, em toda pessoa apaixonada pelo arquivo uma espécie de culto narcísico do arquivo, uma captação especular da narração histórica pelo arquivo, e é preciso se violentar para não ceder a ele. Se tudo está arquivado, se tudo é vigiado, anotado, julgado, a história como criação não é mais possível: é então substituída pelo arquivo transformado em saber absoluto, espelho de si. Mas se nada está arquivado, se tudo está apagado ou destruído, a história tende para a fantasia ou o delírio, para a soberania delirante do eu, ou seja, para um arquivo reinventado que funciona como dogma.

(ROUDINESCO, Elisabeth. A análise e o arquivo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006, p. 09.).

Refletindo sobre o historiador e sua relação com os arquivos, o texto nos mostra que:
a) todo conhecimento histórico se encerra dentro dos arquivos, e o historiador é um mero reprodutor de documentos oficiais.   
b) só por meio do arquivo, no século XXI, ele pode retratar o passado tal qual foi.   
c) essa relação é ambivalente, e, ao mesmo tempo em que ele necessita do arquivo para legitimar sua narrativa, deve ter o cuidado de não o transformar num saber absoluto.   
d) no seu trabalho, é melhor a ausência de arquivo que o excesso.   
e) todo conhecimento histórico é produzido sem necessidade dos arquivos.   

10 - (Upe 2014)  A cultura material estudada pelo arqueólogo insere-se, sempre, em um contexto histórico muito preciso e, portanto, o conhecimento da história constitui aspecto inelutável da pesquisa arqueológica. Assim, só se pode compreender a cerâmica grega se conhecermos a história da sociedade grega, as diferenças entre as cidades antigas, as transformações por que passaram.

(FUNARI, Pedro Paulo. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2003. p. 85.)

Com base nas afirmações acima, assinale a alternativa CORRETA.
a) A Arqueologia, diferentemente da História, concentra seus estudos na análise da cultura material, negligenciando fontes escritas e orais.   
b) A relação interdisciplinar entre a Arqueologia e a História é apresentada no texto como um fator essencial na análise da cultura material.   
c) Os estudos arqueológicos pouco retratam as sociedades pré-históricas tendo em vista a ausência de fontes não materiais sobre esses povos.   
d) A arqueologia não contribuiu para o estudo de regiões africanas como o Sudão e o Egito, tendo em vista a exclusividade da análise das tradições orais no estudo dessas sociedades.   
e) História e Arqueologia só constroem uma relação interdisciplinar nos estudos sobre a pré-história e a antiguidade, em que a análise da cultura material é o cerne das pesquisas.   

11 - (UFPA 2013)  “Os judeus tinham que usar uma estrela amarela, [...] tinham que entregar as bicicletas, [...] não podiam andar de bonde, [...] ficavam proibidos de dirigir automóveis.[...] só podiam fazer compras das três às cinco horas e só em casas que tivessem placa dizendo ‘casa israelita’. Os judeus deviam recolher-se às suas casas às oito da noite [...]. Ficavam proibidos de ir a teatros, cinemas e outros lugares de diversão.”

FRANK, Anne. Diário de uma jovem. São Paulo: Editora Mérito S. A., 1958, p. 14, 3ª edição.

Esse trecho, que foi retirado do diário de uma adolescente judia prisioneira num campo de concentração, na Alemanha, onde morreu em 1945, revela:
a) poucas e distorcidas informações para se compreender o que foi a 2ª Guerra Mundial.   
b) detalhes das perseguições sofridas pelos judeus na Alemanha, durante a 1ª Guerra Mundial.   
c) ideias falsas, pois os alemães não podiam renunciar ao dinheiro que os judeus gastavam em locais como cinemas e teatros.   
d) aspectos importantes para nossa compreensão acerca das perseguições sofridas pelos judeus, desde a 2ª Guerra Mundial até os anos de 1960, com o fim do apartheid.   
e) a importância desse diário como documento histórico que registrou, para a posteridade, a perseguição sofrida pelos judeus durante a 2ª Guerra Mundial.   

12 - (UERN 2013)  O herói revela-se ao mundo por seus trabalhos fabulosos. Prática atos de coragem, salva pessoas e, muitas vezes, sacrifica a própria vida por uma causa maior que ele mesmo (...). Em nossa sociedade, era comum construir determinadas memórias enaltecendo os heróis. Mas também e possível construí-la (a memória) destacando ações, lutas e conquistas coletivas, como lutas por direitos iguais, direito a terra, saúde...

(Cabrini, Conceição. História temática: diversidade cultural e conflitos. Ensino Fundamental. 3ª Ed. Reform. São Paulo: Scipione, 2009. Coleção História Temática. Cap. Mito e memória histórica.).

Acerca do significado de “sujeito histórico” e do seu papel real na construção da história, é correto afirmar que:
a) só se pode considerar o sujeito como de fato “sujeito histórico” caso sua ação gere mudanças efetivas e positivas para a construção de instituições sociais significativas ao estabelecimento da ordem social vigente.   
b) o sujeito histórico, visto na história, é diferente daquele descrito na historiografia, pois essa, como meio oficial de transmissão de cultura às gerações vindouras, seleciona apenas os fatos realmente relevantes e coletivos.   
c) o sujeito histórico, na verdade, representa cada ser humano em contextos históricos distintos com suas especificidades e características que, atuando em grupo ou isoladamente, produz ações para si e/ou para a coletividade.   
d) as novas tendências historiográficas lançam a ideia de que só é válido o estudo das massas, do cotidiano e das mentalidades, invalidando, portanto, o conceito e a necessidade da existência de um “sujeito histórico” específico.   

13 - (Ulbra 2012)  Leia o texto abaixo:

"As imagens, a Internet, a televisão, os MPs, o telefone e tudo o mais que permite ao sujeito articular com os mundos mexeu, descaradamente, com o tempo pluralizando-o e transformando-o em bites. As viagens podem ser ao passado, ao futuro e, quando interessante, a um presente que pode ser lento ou perene, entre outras coisas. As reprises de seriados e novelas sobrepõem tempos acavalando o passado e o presente. Em tempos de rádio-novela ou mesmo nos primórdios da televisão, as tramas duravam até dois anos, como foi o caso da novela de rádio “O direito de nascer”. Hoje, em tempos pós-modernos, não conseguimos lembrar ao certo quais novelas ocorreram no ano em que estamos. Os seriados de televisão podem provocar vivências em ritmo lento ou podem em pouco tempo transitar por uma infinidade de informações ou, ainda, vender a ideia de uma vida em tempo real na TV. Os programas de auditório, principalmente em sábados e domingos, sobrepõem cenários, atores e enredos; os filmes para cinema são consumidos em casa pela via do DVD e feitos em série ou etapas que confundem a ordem das estórias. Todas essas novidades do mundo em que vivemos colocam o sujeito em um mix de tempo e espaço ao alcance das mãos".

Roberto dos Santos. Pós-modernidade, história e representação. Mouseion, v. 3, p. 68-82, Jan.-Jul./2009.

Qual alternativa abaixo está em consonância com a ideia de tempo histórico apresentado pelo texto?
a) A análise histórica precisa levar em consideração que o tempo e as informações são relativizados pelos sujeitos.   
b) A História é uma ciência estática que mantém as ideias desde a sua criação.   
c) O tempo histórico somente pode ser medido pela sequência de datas e fatos heroicos.   
d) O passado define os caminhos da História, de tal forma que o presente não atua na construção do conhecimento histórico.   
e) As informações apresentadas pelos meios de comunicação devem ser utilizadas, sem questionamento, para a construção da Ciência Histórica.   

14 - (UECE 2015)  Para escrever a História é necessário reunir fontes ou testemunhos, que são objetos e documentos – restos do passado – que ajudam a compreender um contexto em determinado período. Sobre as fontes documentais, é correto afirmar que: 
a) não variam de modo algum; devem ser documentos escritos e registrados pela autoridade competente da época e do local do qual fazem parte.    
b) são criadas e elaboradas criteriosamente para fins de escrita por arqueólogos, etnólogos, paleógrafos e paleontólogos.    
c) são várias, como as escritas, as orais, as narrativas e os mitos populares, e diferentes tipos de imagens.    
d) são os mapas geográficos e históricos, e as linhas temporais, cronologias específicas dos calendários geomorfológicos.    

15 - (Udesc 2015)  “A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja menos vão esgotar-se em compreender o passado se nada se sabe do presente.”

Marc Bloch. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 65.

Assinale a alternativa que contém a definição de história mais coerente com a citação do historiador Marc Bloch.
a) A História é a ciência que resgata o passado para explicar o presente e fazer previsões sobre o futuro.   
b) A História é uma ciência que visa promover o entretenimento dos expectadores do presente e um conhecimento inútil sobre o passado.   
c) A História é, tal como a literatura, uma narrativa sobre o passado determinada pela imaginação do historiador.   
d) A História é a ciência que se refugia no passado para não compreender as questões do presente.   
e) A História é uma ciência que fórmula questões sobre o passado a partir de inquietações e experiências vividas no presente.   

16 - (UERN 2015)  Leia os textos.

"Tão objetiva é a História para os positivistas que um de seus maiores ensinamentos é a busca incessante de fatos históricos e sua comprovação empírica. Daí a necessidade, como pregavam, de se utilizar na pesquisa e análise o máximo de documentos possíveis".
(Disponível em: http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html.).

"A nova história não estuda épocas. [...] Aqui reside o conceito de “História de Longa Duração”. Segundo Braudel, a história situa-se em três escalões: a superfície, uma história dos acontecimentos que se insere no tempo curto; a meia encosta, uma história conjuntural, que segue um ritmo mais lento; e, em profundidade, uma história de longa duração, que põe em causa os séculos".
(Disponível em: http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html.).


Os textos expõem duas concepções historiográficas: Positivista e da Nova História, ou Escola dos Annales. Ao analisá-los, é possível inferir que:
a) ambos concordam que a história é um verdadeiro exercício de erudição, acima de qualquer ciência e dos progressos da humanidade.   
b) para os positivistas, a história é uma ciência secundária, embora consiga obter a totalidade sobre todos os fatos não deixando dúvidas no que se refere à sua veracidade.   
c) os historiadores tradicionais pensam na história como essencialmente uma narrativa dos acontecimentos, enquanto a Nova História está mais preocupada com a análise das estruturas.   
d) a busca dos fatos, segundo os representantes dos Annales, é feita pela observação minuciosa dos textos e documentos oficiais, da mesma maneira que o químico, ou outro cientista, o faz.   

17 - (UERN 2015)  É impossível compreender seu tempo para quem ignora todo o passado. Ser uma pessoa contemporânea e ter consciência das heranças, consentidas ou contestadas.

(René Remond. in Bittencourt, C. Ensino da História. Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez. 2004. p. 155.).
A história tem um caráter instrumental para a compreensão das experiências sociais, culturais, tecnológicas, políticas e econômicas da humanidade ao longo do tempo. Sobre o papel da história na formação da cidadania, assinale a alternativa correta.
a) O ensino da história não apenas contribui para o desenvolvimento da consciência, mas dá suporte à construção da própria identidade do indivíduo.   
b) No decorrer dos períodos históricos, a fundamentação teórica que incita a obediência às leis foi a principal contribuição da história na formação cidadã.   
c) A história, em uma visão contemporânea, passou a ter como prioridade o estudo do presente, dando ao passado um caráter arcaico e antiquado, dispensável à pesquisa histórica.   
d) A história como ciência básica e fundamentalmente teórica incide de forma relativa e tênue nas atividades práticas da vida humana, tendo, portanto, neutralidade em relação à política.   

18 - (UCS 2015)  Por muito tempo, os historiadores acreditaram que deveriam e poderiam reproduzir os fatos “tal como tinham ocorrido”. Dentre as características do conhecimento histórico que assim produziam, é correto afirmar que:
a) os historiadores, ao privilegiarem a realidade dos fatos, esperavam produzir um conhecimento científico que analisasse os processos e seus significados, abrindo espaço para a subjetividade humana em suas análises.   
b) era uma história linear, cronológica, de nomes, fatos e datas, que pretendia uma verdade absoluta, como forma de expressar a neutralidade do historiador.   
c) era uma história temática, na medida em que acreditava que tudo o que o homem fazia e, até mesmo o que ele não fazia, poderia ser considerado fato histórico.   
d) os fatos privilegiados seriam aqueles poucos que eram amplamente documentados, como as festas populares e a cultura das pessoas ordinárias.   
e) o fundamental era compreender o funcionamento econômico da sociedade, que é o determinante de tudo e garante a neutralidade do historiador.   

19 - (UEL 2015)  Leia o texto a seguir.
Foi Renan, acho, quem escreveu um dia (cito de memória; portanto receio, inexatamente): “Em todas as coisas humanas, as origens em primeiro lugar são dignas de estudo”. E Saint-Beuve antes dele: “Espio e observo com curiosidade aquilo que começa”. A ideia é bem de sua época. A palavra origens também. Mas a palavra é preocupante, pois equívoca.

Adaptado de: BLOCH, M. Apologia da História ou O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. p.56.

Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a escola historiográfica que se posiciona sobre esse tema e a tese correspondente.
a) Escola Metódica – compreende a origem como o princípio dos estudos históricos.   
b) Escola Marxista – considera os estudos culturais como fundamento da crítica.   
c) Escola dos Annales – considera mitologia a busca pelas origens.   
d) Escola Idealista – concebe a história como a realização humana no tempo.   
e) Escola de Frankfurt – formula a ideia da invenção das tradições históricas.   

20 - (Upe 2013)  A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 79. (Adaptado).

Sobre as fontes históricas, com base no texto acima, assinale a alternativa CORRETA.
a) O pensamento marxista aboliu a utilização de fontes escritas nas pesquisas históricas.   
b) A afirmação do texto sintetiza a nova perspectiva historiográfica sobre as fontes históricas.   
c) Os utensílios produzidos pelo homem se enquadram como registros arqueológicos e não como fontes para o historiador.   
d) Marc Bloch, no texto, defende a primazia das fontes escritas.   
e) A escola positivista foi a primeira a fazer uso da chamada história oral.   

21 - (UERN 2012)  Leia o texto a seguir.

O que é História?
E quem garante que a História
É a carroça abandonada
Numa beira da estrada
Ou numa estação inglória

A História é um carro alegre
Cheio de um povo contente
Que atropela indiferente
Todo aquele que a negue

É um trem riscando trilhos
Abrindo novos espaços
Acenando muitos braços
Balançando nossos filhos [...]

(Canción por la unidad de Latino América. Pablo Milanes e Chico Buarque)

Baseado no fragmento e na ação dos sujeitos históricos, análise.

I. Os autores remetem a uma reflexão sobre o papel e a função da História na sociedade.
II. A História é feita pelos sujeitos históricos que são indivíduos, grupos ou classes sociais participantes dos acontecimentos históricos de repercussão coletiva e/ou imersos em situações cotidianas na luta por transformações ou permanências.
III. Os autores, no fragmento, passam a ideia de uma História pronta e acabada, inerte à realidade.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I, II, III   
b) I, II   
c) II, III   
d) III   

22 - (Unioeste 2012)  Sobre a História, enquanto disciplina, é INCORRETO afirmar que
a) construir a história é uma tarefa de investigação e o historiador a faz mediante o estudo desinteressado e neutro dos vestígios que documentam a atividade humana.   
b) o historiador formula as perguntas a serem feitas aos documentos selecionados e ele o faz com base em sua cultura e suas escolhas.   
c) muitos historiadores, até meados do século XX, privilegiavam o estudo do documento escrito e davam preferência aos documentos oficiais.   
d) os documentos escritos ainda são considerados fontes fundamentais para a compreensão dos fatos, mas, nas últimas décadas, a noção de documento se ampliou.   
e) o estudo das fontes e a crítica dos documentos são partes fundamentais do processo de investigação histórica.   

23 - (UERN 2012)  Leia.
As diferentes percepções do tempo

Percepção I
“Quando olhamos as horas no relógio e programamos os nossos compromissos, temos uma vivência bastante comum do tempo cronológico.”

(Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005, p.12)

Percepção II
“O tempo é muito mais do que as horas marcadas por um relógio, ou os dias de um calendário, ou os anos de um século, é também tradição, mentalidade e ritmo.”

(Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005, p.13)

De acordo com as percepções depreende-se que
a) ambas tratam de noções do tempo cronológico.   
b) ambas tratam de noções do tempo histórico.   
c) a percepção I trata do tempo histórico e a percepção II do tempo cronológico.   
d) a percepção I trata do tempo cronológico e a percepção II do tempo histórico.   

24 - (G1 - IFSP 2012)  Comparando-se a escravidão da antiguidade clássica com a escravidão moderna desenvolvida na América portuguesa, é correto afirmar que
a) enquanto a primeira era realizada, em geral, por prisioneiros de guerras que desempenhavam tanto trabalhos braçais quanto intelectuais, a segunda era realizada por negros comprados na África, que praticavam principalmente os trabalhos braçais.   
b) tanto uma quanto outra eram realizadas por prisioneiros de guerras, vencidas, respectivamente, por greco-romanos e portugueses, e, em ambos os casos, os escravos eram utilizados, exclusivamente, para a realização dos trabalhos braçais.   
c) tanto a primeira quanto a segunda eram realizadas por indivíduos comprados em mercados de escravos, visto que não era economicamente viável capturá-los em guerras, sendo os escravos utilizados, apenas, nos trabalhos domésticos.   
d) enquanto a primeira era a base da economia greco-romana, visto que nessas sociedades inexistia o conceito de trabalho livre e assalariado, a segunda era economicamente irrelevante, pois desde o início da colonização da América o trabalho assalariado mostrou-se muito mais produtivo e rentável.   
e) enquanto a primeira era praticamente inexistente, visto que a sociedade greco-romana, dado o seu elevado grau de desenvolvimento sociocultural, logo aboliu todas as formas de escravidão, a segunda foi essencial ao desenvolvimento da economia colonial.   

25 - (UFG 2010)  As pinturas rupestres são evidências materiais do desenvolvimento intelectual dos seres humanos. Embora tradicionalmente estudadas pela Arqueologia, elas ajudaram a redefinir a concepção de que a História se inicia com a escrita, pois:
a) funcionam como códices velados de uma comunidade à espera de decifração.   
b) expressam uma concepção de tempo marcada pela cronologia.   
c) indicam o predomínio da técnica sobre as forças da natureza.   
d) atestam as relações entre registros gráficos e mitos de origem.   
e) registram a supremacia do indivíduo sobre os membros de seu grupo.   

26 - (UFLA 2007)  As alternativas a seguir indicam os principais conceitos utilizados pelos historiadores para a construção de uma "ciência histórica", EXCETO:
a) Tempo Cronológico e Tempo Histórico.   
b) Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural.   
c) Divisão dos Períodos Históricos.   
d) Fontes e Memórias Históricas.   

27 - (PUCSP 2007)  A Idade Média é muitas vezes chamada de "era das trevas". A expressão
a) revela análise cuidadosa da inexpressiva produção intelectual e artística do período, voltada apenas à temática religiosa.   
b) permite refletir sobre a forma como a história é escrita, com os julgamentos e avaliações que um período faz do outro.   
c) nasceu do esforço medieval de negar a antiguidade oriental e valorizar a estética e a filosofia greco-romanas.   
d) demonstra o desprezo do racionalismo contemporâneo pelas concepções mágicas tão em voga no período medieval.   
e) descreve o único período da história ocidental em que os Estados nacionais, criados na antiguidade e recriados no século XV, não existiram.   

28 - (UFPB 2006)  Cada afirmativa a seguir caracteriza uma concepção de História, portanto, representa uma corrente historiográfica diferente.
I. A História é a ciência do passado, e o papel do historiador é o de mostrar esse passado como realmente aconteceu.
II. A História é o conhecimento dos homens no transcurso do tempo, e o historiador responde às questões do presente, fazendo e refazendo suas perguntas ao passado.
III. A História da humanidade é a história da luta de classes, e o papel do historiador é o de conhecê-la para transformar a sociedade.

As concepções descritas correspondem, respectivamente, às seguintes correntes historiográficas:
a) Positivismo, Nova História e Materialismo Histórico.   
b) Materialismo Histórico, Positivismo e Nova História.   
c) Nova História, Materialismo Histórico e Positivismo.   
d) Positivismo, Materialismo Histórico e Nova História.   
e) Nova História, Positivismo e Materialismo Histórico.   

29 - (UECE 1999)  Por muito tempo, os historiadores acreditam que deveriam e poderiam reproduzir os fatos "tal como haviam ocorrido". Dentre as características do conhecimento histórico que assim produziam, podemos assinalar corretamente:
a) ao privilegiarem a realidade dos fatos, os historiadores esperavam produzir um conhecimento científico, que analisasse os processos e seus significados.   
b) era uma história linear, cronológica, de nomes, fatos e datas, que pretendia uma verdade absoluta, expressão da neutralidade do historiador.   
c) como se percebeu ser impossível chegar à verdadeira face do que "realmente aconteceu", todo o conhecimento histórico ficou marcado pelo relativismo total.   
d) os fatos privilegiados seriam aqueles poucos que eram amplamente documentados, como as festas populares e a cultura das pessoas comuns.   

30 - (UFPE 1996)  História é a ciência que:
a) estuda os acidentes históricos e geográficos do planeta Terra;   
b) se fundamenta unicamente em documentos escritos;   
c) estuda os acontecimentos do passado dos homens, utilizando-se dos vestígios que a humanidade deixou;   
d) estuda os acontecimentos presentes para prever o futuro da humanidade;   
e) estuda a causalidade dos fenômenos físicos e sociais com base no empirismo.   

31 - (G1 1996)  A evolução cronológica correta dos períodos históricos é:
a) Pré-História, Idade Antiga, Idade Contemporânea, Idade Média, e Idade Moderna.   
b) Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.   
c) Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna, e Idade Contemporânea.   
d) Idade Contemporânea, Idade Moderna, Idade Antiga e Idade Média.   
e) Pré-História , Idade Contemporânea, Idade Moderna, Idade Média e Idade Antiga.   

32 - (FAAP 1996)  É costume dividir a História em Idades. A Idade Antiga: aproximadamente 3.200 a.C. com a escrita, até 476 d.C., com a queda do Império Romano do ocidente e mais:

I - Idade Média: da queda do Império Romano em 476 d.C., até 1453 d.C., com a queda de Constantinopla
II - Idade Moderna: da queda de Constantinopla em 1453 d.C., até 1789 d.C., ano da Revolução Francesa
III - Idade Contemporânea: de 1789, com a Revolução Francesa, até os dias atuais
Estão corretas as afirmações:
a) apenas a I   
b) apenas a II   
c) apenas a III   
d) todas estão corretas   
e) todas estão erradas   

33 - (G1 1996)  Os acontecimentos mais importantes da evolução da humanidade, são conhecidos como:
a) Fato Histórico.   
b) Fonte Histórica.   
c) Período Histórico.   
d) Pré-História.   
e) Paleolítico.   


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