9º ANO - AULA 15_TEXTO COMPLEMENTAR - IMPERIALISMO (RESUMO)

AULA 15 – FIQUE LIGADO... TEXTO COMPLEMENTAR_IMPERIALISMO (RESUMO)


SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (S é c u l o X I X).

- INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO

- METADE DO SÉCULO XIX (1850) GRANDE DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

- DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO => BUSCA DE MATÉRIAS-PRIMAS E CONSUMIDORES => CONQUISTA DE COLÔNIAS (ÁFRICA E ÁSIA)

- COLÔNIA (FORNECE A MATÉRIA-PRIMA A BAIXO PREÇO) => METRÓPOLE (INDUSTRIALIZA A MATÉRIA-PRIMA) => COLÔNIA (COMPRA O PRODUTO INDUSTRIALIZADO DA METRÓPOLE A PREÇO BAIXO). OBS: A COLÔNIA É PROIBIDA DE INSTALAR FÁBRICAS DE PRODUTOS QUE A METRÓPOLE PRODUZ.

JUSTIFICATIVA IDEOLÓGICA: BRANCOS EUROPEUS ESTÃO "CIVILIZANDO RAÇAS INFERIORES".

CHARLES DARWIN - DARWINISMO SOCIAL (BÁRBAROS, PRIMITIVOS E CIVILIZADOS) => A EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES - A MAIS FORTE SOBREVIVE.

- 1894: CONFERÊNCIA DE BERLIM (PARTILHA DA ÁFRICA). ETNIAS RIVAIS AFRICANAS PASSAM A CONVIVER NO MESMO TERRITÓRIO (AUMENTO DA VIOLÊNCIA).

- INGLATERRA E FRANÇAS: PAÍSES MAIS RICOS; MELHORES TERRITÓRIOS. ALEMANHA E ITÁLIA: PAÍSES RECÉM-UNIFICADOS; NÃO CONCORDAM COM A DIVISÃO.



1) INOVAÇÕES TÉCNICAS:

- Motor à Combustão; Motor Elétrico; Indústria Siderúrgica; Indústria Química.



2) O CAPITALISMO MONOPOLISTA E FINANCEIRO:

MONOPÓLIO INDUSTRIAL: Concentração de capital e dominação da produção em determinadas áreas econômicas geradas pela livre concorrência.

- TRUSTES: fusão de diversas empresas do mesmo ramo – empresas que dominam todas as etapas da produção.

- CARTÉIS: grupo de grandes empresas que estabelecem entre si um acordo com o objetivo de controlar os preços ou o mercado de um determinado setor – acumulação horizontal de capital.

- HOLDINGS: empresa que detém o controle acionário sobre outras empresas embora elas mantenham denominação própria e independência.

- BOLSA DE VALORES: Instituição típica do capitalismo. A perspectiva de lucros pode aumentar o valor das ações.

3) A CRISE DO CAPITALISMO (1873 – 1885) – Crise econômica gerada pelo (a):

- Crescimento dos Monopólios e da Produção; Falta de Mercado Consumidor; Salários Baixos e Demissões.


IMPERIALISMO 

Imperialismo é uma política de expansão e domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras.

O imperialismo contemporâneo pode ser também denominado como neocolonialismo, por possuir muitas semelhanças com o regime vigorado entre os séculos XV e XIX, o colonialismo. Imperialismo é a política de expansão e domínio territorial ou cultural e econômico de uma nação sobre outra, e ocorreu na época da Segunda Revolução Industrial. No entanto, no colonialismo, os países colonizados perdiam a sua soberania e o controle político e eram anexados ao país dominante. No caso do imperialismo, há uma influência exercida de modo formal ou informal, política ou economicamente, não havendo sempre a anexação do país que recebe a influência.


Um monopólio imperialista domina e explora determinado país obtendo principalmente:

- Matérias-Primas Baratas; Mercado Consumidor; Mão de Obra Barata e Abundante.

Com isso criou-se a “Divisão Internacional do Trabalho”:

- Países Periféricos exportam gêneros primários; Países imperialistas exportam produtos industriais.


NEOCOLONIALISMO

Justificativa:

a) Mito da Superioridade Europeia:

- Características Biológicas

- Fé Religiosa: Cristianismo

- Desenvolvimento Técnico e Científico

b) A “Diplomacia do Canhão”

c) “O Fardo do Homem Branco”


NEOCOLONIALISMO NA ÁFRICA

- 1884 – 1885: Conferência de Berlim (Partilha da África)

- 1899 – 1902: Guerra dos Bôeres

- Hegemonia da França e da Inglaterra

- Presença tardia da Alemanha e Itália


NEOCOLONIALISMO NA ÁSIA

ÍNDIA

- Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763): Intervenção da Inglaterra (protetorado)

- 1848: Intensificação da Inglaterra (Administração Direta)

- Desequilíbrio da Economia Indiana

- Guerra dos Cipaios (1857): “Índia” x Inglaterra – Vitória da Inglaterra e dura repressão sobre os manifestantes.

CHINA

- Guerra do Ópio (1839 – 1842)

- Tratado de Nanquim: abertura de cinco portos chineses à Inglaterra

- Break-Up: Divisão da China em “Áreas de Influência” (Inglaterra, França, Alemanha, Rússia e Japão).

- Revolta dos Boxers (1899 – 1902): Revolta de um grupo chinês contra a intervenção estrangeira na China. Sofreu dura repressão (torturas)

JAPÃO

- 1853: A marinha estadunidense liderada pelo Almirante Perry ameaçou bombardear os portos japoneses. Resultado: o Japão abriu o comércio aos EUA

- Revolução Meiji (1868): Revolução Burguesa, Impulso Industrial.

- Incentivos à Educação e à ida de universitários à Europa

- Boicote aos EUA

- Torna-se um país “imperialista”



CONSEQÜÊNCIAS DO IMPERIALISMO

- Divisão Internacional do Trabalho; Países Pobres: Mercado Consumidor; Choque de Imperialismos entre as grandes potências; Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918).


RESUMO DAS GUERRAS NO IMPERIALISMO

África do Sul, Guerra dos Bôeres

Nos finais do século XIX, a África do Sul estava dividida nas repúblicas bôeres e nas colônias britânicas do Cabo e do Natal. Com a descoberta de minas de diamante na região, o Reino Unido decidiu dominar e explorar esse território, o que deu início às Guerras dos Bôeres. O Reino Unido ganhou a Segunda Guerra dos Bôeres e consequentemente o domínio efetivo do território, sob promessa de autonomia, o que deu origem à União Sul-Africana.

Índia, Revolta dos Cipaios, Gandhi e Imperialismo Britânico

A Índia foi mais um país afetado pelo Imperialismo Britânico, que impôs através da formalidade o domínio militar e cultural através da justificativa do Darwinismo Social e do Eurocentrismo (Europa como centro do mundo e cultura superior às outras).

Com o fim de acabar com o imperialismo britânico na Índia a população fez a Revolta dos Cipaios, em que nacionalistas indianos apoiados pela população local e pelo exército da Índia reivindicavam o direito indiano à liberdade. Mas a revolta foi sufocada pela Inglaterra. Mais tarde, Mahatma Gandhi propôs uma luta sem armas e sem sangue derramado através do boicote de vários produtos ingleses.

Boxers

Para enfrentar o domínio estrangeiro se dedicavam ao treinamento de lutas marciais. Seus movimentos eram semelhantes a uma luta de boxe, daí o nome guerra dos Boxers.

Os colonizadores venceram, colocando fim em mais uma tentativa de pôr fim ao imperialismo ocidental na Ásia.


Revolta dos nacionalistas chineses contra estrangeiros e cristãos chineses ocorrida entre 1900 e 1901 – É uma reação à intervenção externa e à submissão da dinastia Manchu à dominação europeia na China. O movimento parte de uma associação secreta, a Sociedade Harmoniosos Punhos Justiceiros, conhecida como Sociedade dos Boxers, presente no norte do país.

Apesar dos esforços do governo para suprimi-la durante o século XIX, a Sociedade dos Boxers conta com o apoio popular crescente e promove rebeliões e atentados contra estrangeiros e missionários cristãos.

Em 17 de junho de 1900, os rebeldes sitiam a parte da cidade de Pequim ocupada pelas delegações estrangeiras. Reino Unido, França, Japão, Rússia, Alemanha e EUA organizam uma expedição conjunta para combater o movimento. As tropas estrangeiras no norte do país fazem a corte chinesa se transferir para o Sião (atual Tailândia) e obrigam os boxers a se dispersar.

A coalizão ocupa Pequim em 14 de julho de 1900. Derrotada, a China é condenada a pagar uma grande indenização e a aceitar a política da Porta Aberta, pela qual seria reconhecida sua integridade territorial em troca de concessões econômicas ao Ocidente.

O Tratado, porém, não impede novas perdas territoriais. O Japão ocupa a Coréia, os alemães dominam a península de Chan-tung, os franceses atacam a Indochina e a Rússia avança sobre a Manchúria.


A Paz ou Protocolo de Pequim, assinada em 7 de Setembro de 1901, põe fim à revolta boxer, obrigando a China a pagar avultadas indenizações às grandes potências (cerca de 330 milhões de dólares em ouro), impondo a soberania estrangeira em zonas da capital, entregando numerosos portos à exploração ocidental, abrindo novos tratados comerciais de "porta aberta" com as potências signatárias e proibindo a importação de armamento. A cedência chinesa acentuou a humilhação sentida, abrindo, no entanto, caminho à aplicação de reformas na administração pública, no ensino e nas forças armadas, que haviam sido iniciadas em 1898 por K'ang Yu-wei ("Os 100 Dias de Reforma").


Guerra do Ópio

A intenção, desde a época Mercantilista lá no começo da Idade Moderna, era manter a balança comercial favorável, mas desta vez sob uma nova ideologia comercial, o Imperialismo que, explicado de uma forma extremamente simplista, é um Mercantilismo mais agressivo, calçado não só nos acordos comerciais mas também no uso da força – quando necessário. E entre todos os países que comercializavam com a coroa britânica, um em especial estava levando uma incômoda vantagem sobre a balança inglesa: a China.

A China produzia e vendia chá de qualidade para os ingleses – apreciadores históricos da bebida – além de seda e porcelana, que eram apreciadas por toda Europa, e não comprava produtos ingleses com a mesma intensidade. Resumindo, os ingleses compravam muito da China e os chineses não se interessavam pelos produtos da Inglaterra.

A Inglaterra chegou a exportar 400 toneladas de ópio por ano para a China, usando como porta de entrada do entorpecente o porto de Cantão. O império chinês não via com bons olhos o consumo desenfreado do ópio, existiam leis que puniam quem fosse encontrado consumindo a droga, mas existia também certa vista grossa dos responsáveis pelo policiamento.

Sendo assim, em 18 de março de 1839 o imperador Daoguang – da dinastia Qing – baixou um decreto proibindo de vez o comércio de ópio. Um emissário do imperador foi morto por marinheiros ingleses enquanto inspecionava a carga trazida por um dos navios ancorados no porto de Cantão, e este fato foi o estopim para que o imperador mandasse os soldados confiscar e queimar cerca de 20 mil caixas de ópio.

Os ingleses, lógico, não aceitaram perder toda esta mercadoria e iniciaram a Primeira Guerra do Ópio. Donos de um poderio marítimo militar tão forte quanto seu poderio marítimo comercial, os ingleses não hesitaram em cercar e bombardear Cantão e Nanquim.

Os chineses até tentaram resistir por um tempo, mas foi em vão, já que os ingleses tinham maior poderio militar. Em 1842 os chineses assinaram o Tratado de Nanquim, que permitia a abertura de cinco portos para os ingleses – Cantão, Fuchou, Xangai, Amói e Ningpo -, a entrega da ilha de Hong Kong, que ficaria sob controle inglês por 100 anos – mas só foi devolvida em 1997! – e previa o pagamento de uma pesada indenização pelos danos da guerra.

A Segunda Guerra do Ópio foi a união das marinhas britânica e francesa contra os chineses nos ataques lançados em 1857. Óbvio que os chineses saíram mais uma vez derrotados, e em 1858 os ingleses exigiram a assinatura do Tratado de Tianjin, que indicava que onze portos chineses seriam abertos ao comércio com o ocidente, garantia a liberdade de comércio aos mercadores europeus e o livre trânsito de missionários cristãos pelo império chinês.

Desta vez a China teve que acatar a legalização do comércio de ópio pelos ingleses, e seu comércio e consumo só foram banidos com medidas mais enérgicas a partir de 1949, após a Revolução Chinesa. Hong Kong, como citado acima, só foi devolvida aos chineses mais de 100 anos depois, em 1999.

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