AULA 12 – A POLÍTICA DO CAFÉ
COM LEITE
A
POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ
Durante
a segunda metade do século XIX, até a década de 30, no século XX, o café foi o
principal produto de exportação brasileiro. As divisas provenientes desta
exportação, contribuíram para o início do processo de industrialização (a
partir de 1870). Por volta de 1895, a economia cafeeira passou a mostrar sinais
de crise. As causas desta crise estavam no excesso de produção mundial. A
oferta, sendo maior que a procura, acarreta uma queda nos preços prejudicando
os fazendeiros de café.
Procurando
combater a crise, a burguesia cafeeira - que possuía o controle do aparelho
estatal, criou mecanismos econômicos de valorização do café. Em 1906, na cidade
de Taubaté, os cafeicultores criaram o Convênio
de Taubaté (plano de intervenção do estado na cafeicultura), com o objetivo
de promover a elevação dos preços do produto. Os governadores dos estados
produtores de café (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) garantiam a
compra de toda a produção cafeeira com o intuito de criar estoques reguladores.
O governo provocaria uma falta do produto, favorecendo a alta dos preços e, em
seguida, vendia o produto.
Os
resultados desta política de valorização do café foram prejudiciais para a
economia do país. Para comprar toda a produção de café, os governos estaduais
recorriam a empréstimos no exterior, que seriam arcados por toda a população.
Além disto, caso a demanda internacional não fosse suficiente, os estoques
excedentes deveriam ser queimados, causando prejuízos para o governo (que já
havia pagado pelo produto).
A
política de valorização do café, de forma geral, provoca o que se chamará de
"socialização das perdas". Os lucros econômicos ficariam com a
burguesia cafeeira e as perdas seriam distribuídas entre a população.
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