IDADE MÉDIA E FEUDALISMO
IDADE MÉDIA: De acordo com a linha do tempo tradicional, este período tem inicio com as invasões bárbaras no século V sobre o Império Romano do Ocidente e fins em meados do séc. XV, com a queda do Império Romano do Oriente (Império Bizantino). A Idade Média divise-se em dois períodos: Alta Idade Média (séc. V-XI) e Baixa Idade Média (séc. XI – XV). Em grande parte deste período vigorou na Europa o sistema denominado Feudalismo.
ALTA IDADE MÉDIA: fase inicial da era medieval, que começa com a queda do Império Romano do Ocidente. É um período de muitos conflitos que marcam o desenvolvimento do sistema feudal.
BAIXA IDADE MÉDIA: nesta fase, iniciada após o século XI, quando ocorre um crescimento das atividades comerciais entre os feudos, consolidam-se as práticas econômicas que marcarão o avanço do feudalismo para além das fronteiras dos castelos. Instituições se fortalecem e novas tecnologias surgem. Essa fase vai durar até o fim da Idade Média, que ocorre com o fim do Império Romano do Oriente, simbolizado pela derrota de Constantinopla para os otomanos (turcos muçulmanos).
No
imaginário popular, é comum pensarmos em príncipes, princesas e cavaleiros
corajosos, quando falamos da Idade Média. Esta visão surgiu em função da
literatura e do cinema, que construíram imagens heroicas
desse período. Mas a realidade
não era tão charmosa como vemos nos filmes ou lemos nos romances. As condições
de vida eram ruins, tanto no campo como nas cidades, pois as condições de
higiene deixavam muito a desejar, fazendo a morte proliferar.
Não devemos, entretanto, pensar, como se pensou durante séculos, que a Idade Média foi uma época de atraso e de nenhum desenvolvimento tecnológico ou cultural. Foi na IDADE MÉDIA que surgiram, por exemplo, as primeiras universidades e os primeiros países realmente organizados.
FEUDO: Reinos compostos por grandes propriedades rurais.
SISTEMA FEUDAL
O
sistema feudal foi uma forma de organização econômica, social e cultural
baseada na posse da terra e não no comércio. A produção agrícola e artesanal
tinha como objetivo principal atender ao consumo local. Não se produziam bens
com o objetivo de vendê-los, ou seja, eles não eram destinados às trocas
comerciais.
O
proprietário da terra era o senhor feudal. Ele exercia também um controle muito
grande sobre os homens que trabalhavam em sua propriedade: Os servos.
As
relações entre os servos e seu senhor eram determinadas por obrigações
recíprocas. Os servos trabalhavam nos domínios do senhor, pagando com produtos
a utilização da terra e a proteção militar que o senhor lhes proporcionava.
Na Idade Média, dispor de proteção
militar era fundamental, pois essa foi uma época marcada por constantes guerras
e invasões.
SUSERANIA E
VASSALAGEM
O
poder político na comunidade feudal era descentralizado. O rei, de modo geral,
era uma figura decorativa, com poucos poderes. Era apenas a figura central em
torno da qual agrupavam os diversos domínios feudais.
intitulava-se
senhor (ou SUSERANO) o nobre que
concedia feudos a outro nobre, denominado VASSALO.
Este, em troca, devia fidelidade e prestação de serviços (principalmente
militares) ao senhor.
A
transmissão do feudo era realizada em uma cerimônia solene, constituída de dois
atos principais: a homenagem e a investidura.
- Homenagem: era a cerimônia em que o vassalo (aquele que recebe)
prestava juramento de fidelidade e de obediência ao suserano (aquele que
concede).
- Investidura: consistia na entrega, ao vassalo, de um galho de árvore, uma lança ou outro objeto que simbolizasse o feudo.
Quanto
à transmissão do feudo, é necessário esclarecer o seguinte: caso o vassalo não
tivesse herdeiro, a terra retornava ao senhor. O feudo era indivisível e só o
filho mais velho tinha direito à herança. Se só existisse mulher como herdeira,
o senhor, como seu tutor, indicava-lhe um marido, o qual era responsável pelo
cumprimento das obrigações feudais.
Na Europa Medieval, existia uma cadeia
de relações vassálicas, em que quase todos os membros da aristocracia eram, ao
mesmo tempo, suseranos e vassalos em relação a alguém.
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