SOCIOLOGIA (E.M)_(EXERCÍCIOS)_AULA 02 - REFLEXÃO CRÍTICA, SENSO CRÍTICO E SENSO COMUM
AULA 02 - REFLEXÃO CRÍTICA,
SENSO CRÍTICO E SENSO COMUM
EXERCÍCIOS
1 - As revoluções
ocorridas no século XVIII colocaram em destaque mudanças significativas da vida
em sociedade em relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas:
a) sociedades
b) esperteza
c) religiosidade
d) tradições
2
- Para lançarmos um olhar sociológico sobre a realidade é necessário:
a)
Afastar-se da forma simplista de olharmos a sociedade, adotando um método de
observação e análise para aprofundarmos a compreensão desta.
b) Aproximarmos
da análise simplista, já que o senso comum aumenta a compreensão da sociedade.
c) Desconsiderarmos
as análises sociológicas, propostas pelos sociólogos.
d)
Considerar as características do senso comum estudadas durante as aulas.
3
- “Uma forma de conhecimento que se
conforma com a aparência. Muitas vezes usa frases do tipo : “porque vi”,
“porque senti”, “porque disseram” etc. Em geral não procura ir além da primeira
explicação”.
Esta
definição se refere a:
a) Característica
imediatista do senso comum
b) Característica
preconceituosa do senso comum
c) Característica
acrítica do senso comum
d) Característica
superficial do senso comum.
SOCIOLOGIA (E.M)_AULA 02 - REFLEXÃO CRÍTICA, SENSO CRÍTICO E SENSO COMUM
AULA 02 - REFLEXÃO CRÍTICA, SENSO CRÍTICO E SENSO
COMUM
REFLEXÃO CRÍTICA
Reflexão crítica é uma tomada de consciência;
examinar ou analisar fundamentos e razões de alguma coisa. Refletir
criticamente é a atitude de investigar e para isso é necessário conhecer aquilo
que é investigado, sem nenhum tipo de preconceitos e pré-conceitos
Refletir criticamente também é posicionar-se a
partir de um conjunto de informações conquistados com a pesquisa. Alguns termos
usados quando se fala em reflexão crítica é não julgar o livro pela capa; não
julgar o fato ou objeto sem antes conhecer criteriosamente suas intenções,
origem, autores, etc.
Reflexão crítica é uma reflexão abrangente, questionadora
e autônoma, é fazer com que um indivíduo vá além do que ele lê ou ouve,
buscando diferentes perspectivas para analisar um mesmo fato. É o fato de não
aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações,
os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los
sem antes havê-los investigado e compreendido como um todo.
SOCIOLOGIA (E.M)_AULA 01_(REVISÃO) - O QUE É SOCIOLOGIA?
AULA 01_(REVISÃO) - O QUE É SOCIOLOGIA?
REVISÃO
1 – Uma das consequências diretas da Revolução Industrial e das
péssimas condições de trabalho foi?
a)
A eclosão de movimentos de protesto e uma organização da classe trabalhadora.
b) O surgimento movimentos pelo fim da sociedade industrial.
c) A luta pela preservação ambiental em oposição a
degradação da natureza, devido a industrialização.
d) As lutas por direitos feministas nas grandes cidades
europeias.
2 – A sociologia que nasceu no século XIX tinha como objetivo
constituir uma resposta intelectual para os problemas sociais ocasionados
pela?
a) A Revolução Russa (1812)
b) A Revolução Inglesa (1688)
c) A Revolução Americana (1776)
d)
A Revolução Industrial (1750)
3 – A Revolução francesa concorreu para ascensão da burguesia ao
poder, o que serviu para dar maior visibilidade?
a)
Aos problemas e os conflitos sociais.
b) A estratificação da sociedade francesa.
c) A hierarquização da sociedade francesa da época.
d) Apenas aos problemas econômicos da França.
SOCIOLOGIA (E.M)_AULA01_ (GABARITO - EXERCÍCIOS) - O QUE É SOCIOLOGIA?
AULA 01_(EXERCÍCIOS) - O QUE É SOCIOLOGIA?
GABARITO
1 - (UEG
2013) A sociologia nasce no séc. XIX após as revoluções burguesas sob o signo
do positivismo elaborado por Augusto Comte. As características do pensamento
comtiano são:
a) a sociedade é regida por leis sociais tal como a natureza é
regida por leis naturais; as ciências humanas devem utilizar os mesmos métodos
das ciências naturais e a ciência deve ser neutra.
b) a
sociedade humana atravessa três estágios sucessivos de evolução: o metafísico,
o empírico e o teológico, no qual predomina a religião positivista.
c) a
sociologia como ciência da sociedade, ao contrário das ciências naturais, não
pode ser neutra porque tanto o sujeito quanto o objeto são sociais e estão
envolvidos reciprocamente. d) o processo de evolução social ocorre por meio da
unidade entre ordem e progresso, o que necessariamente levaria a uma sociedade
comunista.
2 -
(Upe 2013) Leia o texto a seguir: (...) grandes mudanças que ocorreram na história,
aquelas que aconteceram no século XVIII — e que se estenderam no século XIX —
só foram superadas pelas grandes transformações do final do século XX. As
mudanças provocadas pela revolução científico-tecnológica, que denominamos
Revolução Industrial, marcaram profundamente a organização social, alterando-a
por completo, criando formas de organização e causando modificações culturais
duradouras, que perduram até os dias atuais.
DIAS, Reinaldo. Introdução à sociologia. São Paulo:
Persons Prentice Hall, 2004, p. 124.
Percebe-se
que as transformações ocorridas nas sociedades ocidentais permitiram a formação
de relações sociais complexas. Nesse sentido, a Sociologia surgiu com o
objetivo de compreender essas relações, explicando suas origens e
consequências.
Sobre o
surgimento da Sociologia e das mudanças históricas apontadas no texto, assinale
a alternativa CORRETA.
a) A
grande mecanização das fábricas nas cidades possibilitou o desenvolvimento
econômico da população rural por meio do aumento de empregos.
b) A
divisão social do trabalho foi minimizada com as novas tecnologias introduzidas
pelas revoluções do século XVIII.
c) A Sociologia foi uma resposta intelectual aos problemas
sociais, que surgiram com a Revolução Industrial.
d) O
controle teológico da sociedade foi possível com o emprego sistemático da razão
e do livre exame da realidade.
e) As
atividades rurais do período histórico, tratado no texto, foram o objeto de
estudo que deu origem à Sociologia como ciência.
3 - (UFU
2012) De um ponto de vista histórico, a Sociologia como disciplina científica
surgiu ao longo do século XIX, como uma resposta acadêmica para os novos
desafios da modernidade. Além das concepções advindas da Revolução Francesa e
dos fortes impactos gerados pela Revolução Industrial na estrutura da
sociedade, muitos outros processos também contribuíram para essa nova
configuração da sociedade. Em seu desenvolvimento ao longo do século XIX, a
Sociologia esperava entender:
a) os grupos sociais e as causas da desintegração social
vigente.
b) como
a Revolução Industrial encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, sem
prejuízo da classe trabalhadora, pois foi beneficiada por esse processo.
c) a
subjetividade dos indivíduos nas pesquisas sociológicas, como uma disciplina
científica com metodologia própria.
d) a
Revolução Francesa como um marco revolucionário que modificou o pensamento,
apesar de manter as tradições aristocratas.
3º ANO_HISTÓRIA_BATERIA DE EXERCÍCIOS II - REPÚBLICA VELHA
3º ANO (E.M) – BATERIA DE EXERCÍCIOS II –
REPÚBLICA VELHA
QUESTÕES
1 - (SUESC) As frequentes intervenções federais no
quadriênio Hermes da Fonseca caracterizaram a política:
a) Civilista.
b) Intervencionistas.
c) Das Salvações.
d) Localistas.
e) De cabrestos.
2 - (UFRJ)
Relacione os itens abaixo e aponte a alternativa com
ordem correta de opções:
1 Política das Salvações.
2 Remodelação do Rio de Janeiro.
3 Semana de Arte Moderna.
4 Campanha Civilista.
5 Caixa de Conversão.
( ) Afonso Pena.
( ) Rodrigues Alves.
( ) Epitácio Pessoa.
( ) Rui Barbosa.
( ) Pinheiro Machado.
a) 5, 4, 3, 2, 1.
b) 1, 3, 5, 4, 2.
c) 2, 3, 5, 4, 1.
d) 1, 4, 2, 3, 5.
e) 5, 2, 3, 4, 1.
3 - (UC-MG) O movimento de Canudos pode ser
interpretado como:
a) Insatisfação da nascente classe média.
b) Luta pelo retorno da Monarquia.
c) Reforço da posição da Igreja.
d) Reação contra o latifúndio.
e) Reivindicação por melhores salários.
3º ANO_HISTÓRIA_BATERIA DE EXERCÍCIOS I - REPÚBLICA VELHA
3º ANO (E.M) – BATERIA DE EXERCÍCIOS I – REPÚBLICA
VELHA
QUESTÕES
1 –
O que é uma Constituição?
a) Documento que
relata um determinado período histórico de nosso país.
b) Conjunto dos
deveres que nós brasileiros devemos seguir fielmente.
c) Conjunto de
leis que estabelecem os direitos e deveres do cidadão.
d) Documento
administrativo onde ficam registrados todos os gastos de nosso país no ano.
2 – Que estados controlavam a chamada “república do
café com leite”?
a) São Paulo e Rio de Janeiro
b) São Paulo e Minas Gerais
c) São Paulo e Bahia
d) Rio de Janeiro e Minas Gerais
3 – Sobre a “Política dos Governadores” é correto afirmar:
a) Foi um arranjo político que resolveu o problema
financeiro da enorme dívida externa do Brasil.
b) Principal fator que contribuiu para a revolta de
Canudos em 1896, liderada por Antônio Conselheiro.
c) Arranjo político que consistia na troca de favores
entre o coronel, o governador e o governo federal.
d) As alternativas “a” e “b” estão corretas.
3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 12 - A POLÍTICA DO CAFÉ COM LEITE
AULA 12 – A POLÍTICA DO CAFÉ
COM LEITE
A
POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ
Durante
a segunda metade do século XIX, até a década de 30, no século XX, o café foi o
principal produto de exportação brasileiro. As divisas provenientes desta
exportação, contribuíram para o início do processo de industrialização (a
partir de 1870). Por volta de 1895, a economia cafeeira passou a mostrar sinais
de crise. As causas desta crise estavam no excesso de produção mundial. A
oferta, sendo maior que a procura, acarreta uma queda nos preços prejudicando
os fazendeiros de café.
Procurando
combater a crise, a burguesia cafeeira - que possuía o controle do aparelho
estatal, criou mecanismos econômicos de valorização do café. Em 1906, na cidade
de Taubaté, os cafeicultores criaram o Convênio
de Taubaté (plano de intervenção do estado na cafeicultura), com o objetivo
de promover a elevação dos preços do produto. Os governadores dos estados
produtores de café (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) garantiam a
compra de toda a produção cafeeira com o intuito de criar estoques reguladores.
O governo provocaria uma falta do produto, favorecendo a alta dos preços e, em
seguida, vendia o produto.
Os
resultados desta política de valorização do café foram prejudiciais para a
economia do país. Para comprar toda a produção de café, os governos estaduais
recorriam a empréstimos no exterior, que seriam arcados por toda a população.
Além disto, caso a demanda internacional não fosse suficiente, os estoques
excedentes deveriam ser queimados, causando prejuízos para o governo (que já
havia pagado pelo produto).
A
política de valorização do café, de forma geral, provoca o que se chamará de
"socialização das perdas". Os lucros econômicos ficariam com a
burguesia cafeeira e as perdas seriam distribuídas entre a população.
3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 11 - A POLÍTICA DOS GOVERNADORES
AULA 11 – A POLÍTICA DOS
GOVERNADORES
A política dos governadores foi um sistema político
não oficial, idealizado e colocado em prática pelo presidente Campos Sales
(1898 – 1902), que consistia na troca de favores políticos entre o presidente
da República e os governadores dos estados. De acordo com esta política, o
presidente da República não interferia nas questões estaduais e, em troca, os
governadores davam apoio político ao executivo federal.
Neste acordo político, os governadores de estados não
faziam oposição ao governo federal e ainda instruíam os congressistas de sua
base a votarem favoravelmente aos projetos do executivo. Nas eleições, os
governadores usavam todos os recursos (legais e ilegais) para eleger deputados
e senadores que iriam dar apoio e sustentação política ao presidente da
República. Ligados a grandes proprietários rurais (coronéis), os governadores
usavam o “voto de cabresto”, fraudes eleitorais e compra de votos para
conseguir eleger seus representantes nas eleições.
Ao presidente da República cabia o papel de não
interferir na vida política dos estados. O governo federal fazia vistas grossas
à corrupção, ilegalidades de todo tipo e má administração que muitas vezes
faziam parte de muitos governos estaduais.
Um dos principais mecanismos de manutenção da política
dos governadores foi a Comissão Verificadora dos Poderes. Esta comissão era chefiada por um político de
confiança do presidente da República e seus integrantes eram congressistas que apoiavam
o governo federal. Cabia a esta comissão verificar a legitimidade da eleição
dos deputados e senadores. Quando estes eram de oposição, quase sempre eram
impedidos de assumir o mandato (não eram diplomados), pois a comissão
considerava ilegais suas eleições. Quando isso ocorria, diziam que o político
havia sofrido a “degola”. Desta forma, o governo federal inviabilizava o
mandato de políticos de oposição.
Este mecanismo injusto e antidemocrático existiu
no Brasil durante quase todo período da República Velha. Foi somente com a
Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, que a política dos
governadores, assim como outros mecanismos políticos usados pelas oligarquias,
deixou de existir.
3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 10 - OS CORONÉIS E OS TRABALHADORES
AULA 10 – OS CORONÉIS E OS
TRABALHADORES
OS CORONÉIS E OS TRABALHADORES
Com a economia do país sendo retirada especificamente das nossas terras,
esses coronéis eram tidos como homens de grande importância, pois eles eram
responsáveis por produzir e escoar toda a riqueza econômica nacional, que vinha
diretamente da área rural. Por esse motivo, sempre que alguma grande decisão
deveria ser tomada, era na área rural, na casa do grande senhor de terras que
se davam as reuniões. O coronel tinha uma autoridade que ninguém poderia
questionar, e essa autoridade lhe dava autonomia para ter ao seu lado a própria
polícia que lhe protegia e lhe respeitava.
Como possuíam milhares de funcionários, eles tinham em suas mãos uma
máquina de votos, que quando chegava a época da política era muito bem
explorada. Muitos desses trabalhadores eram impedidos de estudar, a maioria dos
coronéis não gostavam de ver seus funcionários instruídos, pois isso poderia
prejudicar seus interesses. Na época eleitoral aconteciam as ameaças e a troca
de votos, instrumentos que esses latifundiários usavam para eleger a si ou seus
candidatos. Se alguém ousasse revidar a ordem do coronel quanto a escolha do
candidato serviria de exemplo para os outros, sofrendo perseguição e violência.
Foi daí que surgiu o termo “voto de cabresto”.
3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 09 - A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA E A BASE DE SEUS MECANISMOS DE CONTROLE: O CORONELISMO (1894-1930)
AULA 09 – A REPÚBLICA
OLIGÁRQUICA E A BASE DE SEUS MECANISMOS DE CONTROLE: O CORONELISMO (1894-1930)
A posse de prudente de Morais representou o
principal rompimento na novíssima República. Com ele subiram ao poder todos os
ricos e poderosos latifundiários de todo o país que procuravam, desde a
proclamação, um espaço para comandar a nação.
Nesse
momento, o Estado brasileiro passou a estar atrelado aos interesses das áreas
rurais do país. A política exercida no interior passou a, praticamente,
determinar a estrutura política nacional. No poder dos latifundiários dos
municípios estava o centro giratório das principais relações de poder que
passaram a caracterizar a república oligárquica.
A QUESTÃO DO CLIENTELISMO
As
oligarquias agrárias iniciaram seu processo de dominação através da utilização
de um tipo de poder construído na época imperial. Esse poder foi vulgarmente
chamado pela historiografia de Coronelismo.
Quem eram os coronéis*? Eram donos de vastas extensões de terra do interior do
país. Durante a Primeira República os coronelões estavam concentrados principalmente
na região nordeste e possuíam um sólido esquema de dominação sobre os
habitantes da região chamado de clientelismo.
Essa prática fora construída no campo nordestino
desde os tempos coloniais e tinha sua lógica baseada em uma intensa troca de favores
entre os coronéis e seus agregados (trabalhadores das fazendas), sendo que
entre esses dois sujeitos existia uma série de relações de interdependência que
permaneceram no tempo até a República. O agregado tem o dever de servir o
coronel em variadas tarefas, desde a ajuda nas plantações até apoio nas
possíveis disputas de terras que eram frequentes no interior do país. Em troca
o coronel dispensava um tratamento de proteção em vários sentidos ao agregado, além
de ceder-lhe um pedaço de terra para desenvolver um plantio próprio dentro da
fazenda.
Em
muitos casos, essas relações clientelistas de interdependência entre coronéis e
agregados eram transformadas em relações de parentesco, quando os agregados
permaneciam por gerações nas fazendas dos coronéis ou quando os dois grupos
sociais selavam a aliança familiar através do batismo dos filhos dos agregados.
Dessa forma, os coronéis passavam a ser “padrinhos” daquela criança e daquela
família e os agregados passavam ser seus “afilhados”. Essa relação foi denominada
pelos estudiosos do coronelismo como compadrio.
Na realidade, as relações coronelistas no interior do país eram bastante
baseadas nesses antigos e profundos laços culturais que acabavam formando uma
outra forma de família baseada no compadrio e no clientelismo. O coronel, em
muitos casos, era definido como um “pai” ou “padrinho” de toda uma região e
tinha sob sua “proteção” milhares de pessoas que, em troca, reconheciam e
respeitavam sua autoridade. É a partir dessa lógica que o coronelismo se
transformou em suporte de poder político das oligarquias que dominaram o país
até 1930.
3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 08 - CORONELISMO, MANDONISMO E CLIENTELISMO
AULA 08 – CORONELISMO,
MANDONISMO E CLIENTELISMO
CORONELISMO
O coronelismo foi
uma experiência típica dos primeiros anos da república brasileira. De fato,
essa experiência faz parte de um processo de longa duração que envolve aspectos
culturais, econômicos, políticos e sociais do Brasil. A construção de uma
sociedade vinculada com bases na produção agrícola latifundiária, desde os
tempos da colônia, poderia contar como um dos fatos históricos responsáveis
pelo aparecimento do chamado “coronel”.
No período regencial, a incidência de levantes e revoltas contra a
nova ordem política instituída concedeu uma ampliação de poderes nas mãos dos
proprietários de terra. A criação da Guarda Nacional buscou reformular os
quadros militares do país através da exclusão de soldados e oficiais que não
fossem fiéis ao império. Os grandes proprietários recebiam a patente de coronel
para assim recrutarem pessoas que fossem alinhadas ao interesse do governo e
das elites.
Com o fim da República da Espada, as oligarquias agroexportadoras
do Brasil ganharam mais espaço nas instituições políticas da nação. Dessa maneira,
o jogo de interesses envolvendo os grandes proprietários e a manutenção da
ordem social ganhava maior relevância. Os pilares da exclusão política e o
controle dos grandes espaços de representação política sustentavam-se na ação
dos coronéis.
Na esfera local, os coronéis utilizavam das forças policiais para a
manutenção da ordem. Além disso, essas mesmas milícias atendiam aos seus
interesses particulares. Em uma sociedade em que o espaço rural era o grande
palco das decisões políticas, o controle das polícias fazia do coronel uma
autoridade quase inquestionável. Durantes as eleições, os favores e ameaças
tornavam-se instrumentos de retaliação da democracia no país.
Qualquer pessoa que se negasse a votar no candidato indicado pelo
coronel era vítima de violência física ou perseguição pessoal. Essa medida
garantia que os mesmos grupos políticos se consolidassem no poder. Com isso, os
processos eleitorais no início da era republicana eram sinônimos de corrupção e
conflito. O controle do processo eleitoral por meio de tais práticas ficou
conhecido como “voto de cabresto”.
Essa falta de autonomia política integrava uns processos onde
deputados, governadores e presidentes se perpetuavam em seus cargos. Os hábitos
políticos dessa época como a chamada “política dos governadores” e a política
do “café com leite” só poderiam ser possíveis por meio da ação coronelista.
Mesmo agindo de forma hegemônica na República Oligárquica, o coronelismo
tornou-se um traço da cultura política que perdeu espaço com a modernização dos
espaços urbanos e a ascensão de novos grupos sociais, na década de 1920 e 1930.
Apesar do desaparecimento dos coronéis, podemos constatar que
algumas de suas práticas se fazem presentes na cultura política do nosso país.
A troca de favores entre chefes de partido e a compra de votos são dois claros
exemplos de como o poder econômico e político ainda impedem a consolidação de
princípios morais definidos nos processos eleitorais e na ação dos nossos
representantes políticos.
3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 07 - REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
OLIGARQUIA
É uma forma
de governo na qual o poder político se encontra concentrado nas mãos de um
pequeno número de pessoas privilegiado por algum motivo.
O termo Oligarquia foi cunhado na Grécia Antiga, local, por sinal, no
qual surgiram vários dos termos que utilizamos no nosso vocabulário político de
todos os dias. A Grécia, que é o berço da civilização ocidental, é também o
berço dos referenciais políticos do Ocidente. No entanto, alguns dos termos
utilizados naquela época possuíam significados ou valores diferenciados dos que
utilizamos atualmente. Um desses exemplos é o termo democracia, bastante
distinta daquela que se defende hoje. A democracia grega era privilégio de
gregos, homens e maiores de 21 anos. Ou seja, altamente excludente. Oposta ao
sentido que empregamos hoje. Da mesma forma, o termo Oligarquia também sofreu
alterações.
O termo Oligarquia significa
governo de poucos. Na Grécia Antiga ele era utilizado para fazer referência a
regimes comandados por pessoas de alto poder aquisitivo, onde começou sua
confusão com o governo de elites econômicas. Mas este é apenas um dos casos em
que o termo pode ser aplicado. Na verdade, o termo correto para identificar o
governo dos mais ricos é plutocracia. O governo de poucos sugerido pela
expressão Oligarquia pode ser consequências de variados privilégios na
sociedade, ou seja, distinções provenientes da nobreza, de laços familiares, de
poder militar, de partidos políticos ou a própria riqueza. Como consequência da
concentração do poder nas mãos de grupos pequenos ocorre o impedimento que
amplas parcelas da população participem do processo político e de seus debates.
As Oligarquias podem se desenvolver
com diferentes métodos também. Temos exemplos históricos de Oligarquias tirânicas,
sustentadas pela servidão ou mesmo que tenham sido benéficas para seu povo.
Mas, de modo geral, os oligarcas estão reunidos em grupos sociais que dominam
as expressões culturais, políticas e econômicas de um país, beneficiando-se de
seus poderes para a promoção de seus interesses. É possível encontrar
manifestações oligárquicas no interior de um regime dito democrático. Isso
ocorre quando um político promove ações que beneficiam apenas uma parcela ou um
grupo da sociedade, repercutindo na exclusão de outros grupos.
O Brasil tem sua história
republicana muito marcada pela Oligarquia. O período designado como Primeira
República, entre 1889 e 1930, é o mais emblemático nessa questão, pois os
grandes proprietários de terras se beneficiavam de seus poderes econômicos para
promover apropriação dos meios políticos, influenciando diretamente o futuro do
país. Desta forma, o período em questão foi repleto de corrupção, trocas de
favores e outras condutas inadequadas para sustentar o poder de um grupo
apenas, os cafeicultores. Ainda que fosse vigente um regime democrático e
representativo, uma parcela da sociedade se beneficiava amplamente de seus
poderes para gerir o Estado de acordo com seus próprios interesses.
Antônio Gaspareto Júnior
3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 06 - ELEIÇÕES E VOTO NO BRASIL
AULA 06 – ELEIÇÕES E VOTO NO
BRASIL
ELEIÇÕES E VOTO NO
BRASIL IMPÉRIO E REPÚBLICA
Os cidadãos
brasileiros irão em outubro às urnas (eletrônicas) para as eleições
presidenciais. De acordo com a atual Constituição, promulgada em 1988, devem
votar os maiores de 18anos; entre 16 e 18 anos o voto é facultativo, bem como
aos maiores de 70 e aos analfabetos. Essa Constituição também inovou ao criar a
eleição em dois turnos para os cargos do Executivo (federal, estadual e certas
prefeituras). Se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta dos votos, os
dois primeiros colocados disputam novo pleito.
A participação em eleições foi se ampliando ao longo de nossa história.
No Império, o voto era censitário, ou seja, para votar e ser eleito, exigia-se
renda mínima dos cidadãos: 100 mil-réis anuais. Esses elegiam outros, com renda
de 200 mil-réis, a quem cabia escolher os deputados e senadores (400 e 800
mil-réis, respectivamente). Havia, portanto, eleições indiretas ou em dois
graus, sendo o voto aberto. A Constituição de 1824 não fazia referência às mulheres,
mas, segundo os costumes da época, elas estavam privadas desses direitos.
Admitiu-se o voto de analfabetos, pelo menos até 1882, quando se introduziu o
censo literário (saber ler e escrever) e eleições diretas. Na primeira
Constituição republicana (1891), eliminou-se o critério econômico com o voto
universal e direto. Apesar disso, o número de eleitores não cresceu, pois a
exigência de alfabetização excluiu a maioria da população. As mulheres
continuaram sem direitos políticos e o voto, aberto. A maior importância dada
aos municípios reforçou a influência dos “coronéis, latifundiários que
comandavam seu “curral eleitoral” por meio da troca de favores e da violência.
Como o voto não era secreto, podia ser facilmente controlado – “voto de
cabresto”. Pressões e fraudes caracterizaram as eleições na República Velha
(1889-1930). Foi o Código Eleitoral de 1932, no governo Vargas, que trouxe
importantes alterações. O voto tornou-se obrigatório e secreto, extensivo às
mulheres, em pleitos regulados pela justiça eleitoral. No entanto, apenas as
mulheres que exercessem atividade pública remunerada tinham o dever de votar.
Previu-se a representação profissional de empregadores e empregados, com 40
deputados classistas. Tais inovações foram incorporadas à Carta de 1934,
suspensa com a outorga da Constituição da ditadura varguista (Estado Novo,
1937-45). A Constituição de 1946 restabeleceu os princípios democráticos e
estipulou a obrigatoriedade do voto aos brasileiros maiores de 18 anos,
alfabetizados, de ambos os sexos. Assim, homens e mulheres passaram a exercer
igualmente seus direitos políticos. Durante os Governos Militares (1964-85),
presidente, governadores e prefeitos de capitais e de algumas cidades foram
escolhidos de forma indireta. As eleições voltaram a ser diretas com o processo
de redemocratização, respectivamente em 1989, 1982 e 1985. Destacou-se nesse
processo o movimento das “Diretas Já”, em 1984.
Maria
Odette Simão Brancatelli
3ºANO (E.M) - HISTÓRIA_AULA 05 - A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA – TEXTO COMPLEMENTAR
AULA 05 – A PRIMEIRA
CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA – TEXTO COMPLEMENTAR
O que é uma
Constituição?
Em
primeiro lugar, queremos lembrar que Constituição é um conjunto
de leis que estabelecem os direitos e deveres dos cidadãos.
Tipos de
Constituição
Uma
Constituição pode ser promulgada ou outorgada. Uma Constituição Promulgada é
aquela que resulta das discussões de toda a sociedade, seja através de
entidades de representação de determinados setores, seja pelo trabalho da
Assembleia Constituinte, que também representa a sociedade através dos
deputados. Outorgada é a Constituição imposta pelo Estado. Toda a
sociedade é obrigada a cumprir suas determinações.
Ao
pensarmos em uma CONSTITUIÇÃO promulgada,
ela parece contemplar as necessidades de toda a sociedade, não é mesmo? Nossa
primeira constituição republicana, mesmo sendo promulgada, apresentou muitos
limites. Ela, na verdade, não representava os anseios de toda a sociedade, mas
apenas de parte dela.
A
primeira constituição da república brasileira foi elaborada por uma Assembleia
Constituinte formada, em sua maioria, por representantes de senhores de terras
e de militares. Foi promulgada em fevereiro de 1891.
A Constituição de
1891 estabelecia:
• Eleições diretas
para os cargos do Poder Legislativo e do Poder Executivo;
• O voto era
direito dos cidadãos maiores de 21 anos, do sexo masculino, alfabetizados.
Logo, era somente para uma pequena parcela da população brasileira;
• Divisão dos
poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário;
• O país tornou-se
uma República Federativa: os Estados Unidos do Brasil;
• Sistema
presidencialista com mandato de 4 anos sem direito à reeleição;
• Ocorreu a
separação entre Igreja e Estado, isto é, a Igreja Católica deixou de ser a
Igreja oficial do Estado;
• As antigas
províncias passaram à condição de estado e ganharam autonomia para promulgar
sua própria constituição, fazer empréstimos no exterior e eleger seu governador
(na época, chamado de Presidente). Assim, a Constituição criava a
descentralização do poder, permitindo que os governantes dos estados tivessem
autonomia suficiente para legislar de acordo com seus interesses.
2ºANO (E.M) - HISTÓRIA_(EXERCÍCIOS) AULAS 01 A 06
2ºANO (E.M) - HISTÓRIA_(EXERCÍCIOS) AULAS 01 A
06
EXERCÍCIOS
1 – Qual das
alternativas a seguir apresenta apenas características associadas ao
Liberalismo?
a)
Monarquia
parlamentarista, mínima participação do estado na economia, propriedade privada
e metalismo.
b)
O processo de
cercamentos, tolerância religiosa, direito divino, crescimento urbano.
c)
Livre comércio, o
processo de cercamentos, a monarquia parlamentarista e o trabalho servil.
d)
Propriedade privada,
livre comércio, igualdade perante a lei e mínima participação do estado na
economia.
2 – Analise as afirmações
abaixo sobre o Iluminismo e assinale a única alternativa INCORRETA:
a)
Muitas das ideias
propostas pelos filósofos iluministas são, hoje, elementos essenciais da
identidade da sociedade ocidental.
b)
O pensamento iluminista
caracterizou-se pela ênfase conferida à razão, entendida como inerente à
condição humana.
c)
Diversos pensadores
iluministas conferiram uma importância central à educação enquanto instrumento
promotor da civilização.
d)
A filosofia iluminista
proclamou a liberdade como direito incontestável de todo ser humano.
e)
O Iluminismo
constituiu-se importante instrumento político das monarquias absolutas.
3 – O Renascimento e,
posteriormente, o Iluminismo caracterizaram-se por estabelecer novos horizontes
em diversas áreas do saber. Sobre suas semelhanças e diferenças, considere as
afirmações a seguir.
I - Os dois movimentos
preconizavam a razão como um meio para a compreensão dos dogmas católicos, no
intuito de recolocar a Igreja no centro da sociedade secular.
II - Enquanto o
Renascimento se destacou principalmente nos planos das letras, das artes e das
ciências, o Iluminismo mostrou forte vocação filosófico política, repercutindo
nas principais revoluções da época.
III - Ambos se destacaram
por recolocar o foco do pensamento filosófico e crítico no ser humano e na
razão, sem, no entanto, deixar de abordar as questões metafísicas.
Quais estão corretas?
a)
Apenas I.
b)
Apenas II.
c)
Apenas I e III.
d)
Apenas II e III.
e)
I, II e III.
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