IMPERIALISMO
É o movimento do grande capital financeiro europeu em busca de novos mercados tanto na Ásia, África e na América Latina. Os Estados europeus eram o grande instrumento desse movimento, em que em alguns casos, houve ocupação militar e em outros, apenas entrada de capitais. O Imperialismo teve a sua arrancada com a crise e superprodução de 1873, que leva o grande capital europeu a buscar novos mercados, matérias-primas escoadouros para o excesso de capital na Europa. Não é à toa que a presença das empresas é maior que a dos governos nas colônias imperialistas.
O imperialismo contemporâneo pode ser também denominado como
neocolonialismo, por possuir muitas semelhanças com o regime vigorado entre os
séculos XV e XX, o colonialismo.
Na segunda fase da Revolução Industrial, os países europeus, havia quase
que esgotado suas matérias primas e, devido ao grande investimento em máquina e
aparelhagem industrial, necessitavam abrir seu mercado consumidor.
Com isso o período demarcou o processo de expansão do capitalismo
industrial pela Europa, passava então de capitalismo comercial para
comercial e financeiro. As nações europeias precisavam de um volume cada vez
maior de matéria-prima e buscavam a conquista de novos mercados consumidores
que pudessem reverter a produção industrial destes países em lucro, além de mão
de obra barata. Com isso, regiões dos continentes africano e asiático começaram
a ser o principal alvo dessa demanda das nações industrializadas.
Estes Estados promoviam o controle político das regiões colonizadas para
que as grandes empresas da nação pudessem conduzir e lucrar com a exploração
econômica das riquezas disponíveis.
Para que esse projeto fosse viável, devemos levar em conta que o
crescimento da população europeia teve um importante papel. O crescimento
demográfico estimulava os europeus a se mudarem para estas regiões
afro-asiáticas em busca de oportunidades econômicas. O excedente das grandes
metrópoles do Velho Mundo acabava arcando com os impostos e a manutenção de
contingentes militares que garantiam a dominação dos locais colonizados.
Além da África e da Ásia, onde houve colonização com invasão militar,
houve também presença imperialista na América Latina, só que sem uso de
forças militares. Eram exportações de capitais para esta região, que
transformavam aquelas economias em dependentes das economias europeias. As
economias latino-americanas eram especializadas na produção e exportação de
artigos primários e importavam produtos industrializados e capitais europeus,
sob a forma de empréstimos, construção de ferrovias, telégrafos etc.
DARWINISMO SOCIAL
A principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu
sobre a África e a Ásia foi a utilização ideológica de teorias
raciais europeias provenientes do século XIX. As que mais se destacaram
foram o evolucionismo social e o darwinismo social.
Um dos discursos ideológicos que “legitimariam” o processo de domínio e
exploração dos europeus sobre asiáticos e africanos seria o evolucionismo
social. Tal teoria classificava as sociedades em três etapas
evolutivas: 1 – Bárbara; 2 – Primitiva e 3 – Civilizada.
Os europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa (civilizada) e
classificavam os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros.
Portanto, restaria ao colonizador europeu a “missão civilizatória” através da
qual, asiáticos e africanos teria de ser dominados. Sendo assim, estariam estes
assimilando a cultura europeia, podendo ascender nas etapas de evolução da
sociedade e alcançar o estágio de civilizados. O domínio colonial, a conquista
e a submissão de continentes inteiros foram legal e moralmente aceitos. Desse
modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades evoluírem.
O darwinismo social se caracterizou como outra teoria que
legitimou o discurso ideológico europeu para dominar outros continentes.
Compactuava com a ideia de que a teoria da evolução das espécies (Darwin)
poderia ser aplicada à sociedade. Tal teoria difundia o propósito de que na
luta pela vida somente as nações e as raças mais fortes e capazes
sobreviveriam.
A partir de então, os europeus difundiram a ideia de que o imperialismo,
ou neocolonialismo, seria uma missão civilizatória de uma raça superior branca europeia
que levaria a civilização (tecnologia, formas de governo, religião cristã,
ciência) para outros lugares. Segundo o discurso ideológico dessas teorias
raciais, o europeu era o modelo ideal/ padrão de sociedade, no qual as outras
sociedades deveriam se espelhar. Para a África e a Ásia conseguirem evoluir
suas sociedades para a etapa civilizatória, seria imprescindível ter o contato
com a civilização europeia.
Hoje sabemos que o evolucionismo social e o darwinismo social não possuem
nenhum embasamento ou legitimidade científica, mas no contexto histórico do
século XIX foram ativamente utilizados para legitimar o imperialismo, ou seja,
a submissão, o domínio e a exploração de continentes inteiros.
IMPERIALISMO NA ÁFRICA – A PARTILHA DA
ÁFRICA
A divisão do Continente Africano teve seu início na segunda
parte do século XIX. Porém, foi um pouco depois, na Conferência de Berlim (1884 – 1885) que a delimitação
das fronteiras da África atingiu seu ponto máximo. Nesta conferência foram
decididas normas a serem obedecidas pelas potências colonizadoras. Apesar do
intuito inicial da reunião ter sido o de acertar os limites de interesse econômicos destes países na região, não foi
possível alcançar um equilíbrio entre as ambições imperialistas de cada nação.
A partilha da África foi decidida por Rússia, EUA e 14 países da
Europa.
Líder do imperialismo na época, a Inglaterra dominou o norte do Mar Mediterrâneo até o extremo Sul do continente
africano, região onde se encontrava o Cabo da Boa Esperança. Um importante nome
britânico neste processo foi o de Benjamin Disraeli, que
conseguiu tomar o Canal de Suez do completo domínio francês e
egípcio. Este canal encurtava a distância entre os centros da indústria europeia
e as áreas de colonização da Ásia, além disso,
ligava o mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho.
Disraeli adquiriu ações do governo egípcio, fazendo com que o canal de Suez e
todo Egito tivessem dupla administração: inglesa e francesa. Já em 1904, o
governo inglês apoiou a França na conquista do Marrocos, tendo como moeda de troca o abandono
dos franceses das terras egípcias.
Por fim, em
França, apesar de ter perdido o Egito para os britânicos, dominava Argélia, Tunísia, ilha de Madagascar, Somália Francesa,
Marrocos e Sudão (depois dominado pela Inglaterra) desde 1830.
GUERRAS
Com a constante presença dos europeus no continente africano,
desencadearam-se diversas disputas colonialistas. Uma delas foi a Guerra dos Bôeres (1899-1902). A Inglaterra, que
dominava há muito tempo a Colônia do Cabo (África do Sul), entrou em conflito
com os bôeres – colonos holandeses que dominavam Orange e Transvaal. A
descoberta de ouro e diamantes na região e Johanesburgo, área dos bôeres, foi o
que atraiu o interesse britânico. A Guerra dos Bôeres estourou em 1899 e foi
até
A Alemanha
dominava a região que atualmente é conhecida como República dos Camarões, Togo, sudeste e oriente da África. Já a Itália deteve o litoral
da Líbia, Somália e Eritréia. A Bélgica ficou com o
Congo.
IMPERIALISMO NA ÁSIA
Outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo é a entrada
dos ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante
a Guerra do Ópio (1840-1842). Esta guerra foi iniciada pelos ingleses após
as autoridades chinesas, que já sabiam do mal causado por esta substância,
terem queimado uma embarcação inglesa repleta de ópio. Depois de ser derrotada
pelas tropas britânicas, a China, foi
obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as cláusulas.
A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de
1949, ano da revolução comunista na China.
Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se
interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes
das colônias prestavam para eles. Eles não se importavam com as condições de
trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de
exploração desumana e capitalista. Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas
independências, porém herdaram dos europeus uma série de conflitos e países
marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.
As potências europeias lançaram-se ao controle da Ásia, onde encontraram
matérias-primas e um grande mercado para os seus excedentes de manufaturas e
capitais. Contudo, a existência de civilizações muito desenvolvidas dificultou
a conquista e dominação do território asiático. A Grã- Bretanha concentrou sua
ação na Índia, a chamada 'Joia da Coroa'. A França investiu pelo Sudeste, na
Indochina. Cobiçada e disputada, a China acabou subjugada pelas potências
capitalistas, com guerras, entre as quais a Guerra do Ópio (1841), e tratados
desiguais que proporcionaram aos ocidentais direitos econômicos e políticos nas
áreas de influência. O Japão conseguiu evitar o domínio estrangeiro, apesar das
pressões norte-americanas, mas a vitoriosa ação do imperador Mutsuhito sobre os
poderes locais ligados ao xogum, conseguiu restabelecer a centralização
política. A Era Meiji industrializou e militarizou o país, alicerçando sua
política imperialista.
Uma das regiões mais cobiçadas por diversas nações europeias no decorrer
dos séculos XVI ao XIX foi a Índia. Os ingleses, no século XIX,
assenhorearam-se da maior parte de seu território até o Ceilão (Sri-Lanka). Astutamente,
impediram o surgimento de um poder central forte e estabeleceram um regime de
"protetorado" sobre a Índia - regime que, na prática, significava a
intervenção na administração local. Pela força ou pela intriga, os principados
em que a Índia estava dividida iam sendo submetidos à administração da
Companhia das Índias Orientais, empresa britânica que detinha o monopólio do
comércio com o Oriente.
A Guerra dos Boxers foi um conflito ocorrido na China entre os anos de
1899 e 1900, onde um violento grupo nacionalista lutava contra a presença dos
estrangeiros em seu território. Inconformados com a inapetência do poder
imperial em conter a intervenção imperialista no país, um grupo de lutadores da
China desenvolveu uma sociedade secreta, conhecida como “A Sociedade dos Punhos
Harmoniosos e Justiceiros”, para lutar contra os imperialistas.
Com o apoio velado das autoridades locais, os boxers empreenderam as suas
primeiras ações realizando pequenos atos de vandalismo ao cortar linhas
telegráficas, destruir ferrovias e perseguir os missionários cristãos. Em suma,
apesar de uma organização incipiente, os participantes dessa revolta atacavam
tudo aquilo que poderia representar a dominação dos ocidentais em seu país.
Paulatinamente, o triunfo das primeiras ações impeliu o planejamento de ataques
com maior gravidade.
Em 1857, a revolta dos Cipaios, primeiro movimento nacionalista indiano,
colocou em perigo o domínio inglês, mas foi sufocada dois anos depois.
Em
RESUMO DAS GUERRAS NO IMPERIALISMO
África do Sul, Guerra dos Bôeres
Nos finais do século XIX, a África do Sul estava dividida nas repúblicas bôeres
e nas colônias britânicas do Cabo e do Natal. Com a
descoberta de minas de diamante na região, o Reino Unido decidiu
dominar e explorar esse território, o que deu início às Guerras dos Bôeres. O Reino Unido ganhou a Segunda Guerra dos Bôeres e consequentemente o domínio efetivo do território, sob promessa de
autonomia, o que deu origem à União Sul-Africana.
Índia, Revolta dos Cipaios, Gandhi e
Imperialismo Britânico
A Índia foi mais um país afetado pelo
Imperialismo Britânico, que impôs através da formalidade o domínio militar e
cultural através da justificativa do Darwinismo Social e do Eurocentrismo
(Europa como centro do mundo e cultura superior às outras).
Com o fim de acabar com o imperialismo britânico na Índia a população fez
a Revolta dos Cipaios, em que nacionalistas indianos apoiados pela população local e pelo
exército da Índia reivindicavam o direito indiano à liberdade. Mas a revolta
foi sufocada pela Inglaterra. Mais tarde, Mahatma Gandhi propôs uma luta sem armas e sem
sangue derramado através do boicote de vários produtos ingleses.
Boxers
Para enfrentar o domínio estrangeiro se dedicavam ao treinamento de lutas
marciais. Seus movimentos eram semelhantes a uma luta de boxe, daí o nome
guerra dos Boxers.
Os colonizadores venceram, colocando fim em mais uma tentativa de pôr fim
ao imperialismo ocidental na Ásia.
Revolta dos nacionalistas chineses
contra estrangeiros e cristãos chineses ocorrida entre 1900 e 1901 – É uma reação à intervenção externa e à submissão da dinastia Manchu à
dominação europeia na China. O movimento parte de uma associação secreta, a Sociedade
Harmoniosos Punhos Justiceiros, conhecida como Sociedade dos Boxers, presente
no norte do país.
Apesar dos esforços do governo para suprimi-la durante o século XIX, a
Sociedade dos Boxers conta com o apoio popular crescente e promove rebeliões e
atentados contra estrangeiros e missionários cristãos.
Em 17 de junho de 1900, os rebeldes sitiam a parte da cidade de Pequim
ocupada pelas delegações estrangeiras. Reino Unido, França, Japão, Rússia,
Alemanha e EUA organizam uma expedição conjunta para combater o movimento. As
tropas estrangeiras no norte do país fazem a corte chinesa se transferir para o
Sião (atual Tailândia) e obrigam os boxers a se dispersar.
A coalizão ocupa Pequim em 14 de julho de 1900. Derrotada, a China é
condenada a pagar uma grande indenização e a aceitar a política da Porta
Aberta, pela qual seria reconhecida sua integridade territorial em troca de
concessões econômicas ao Ocidente.
O Tratado, porém, não impede novas perdas territoriais. O Japão ocupa a
Coréia, os alemães dominam a península de Chan-tung, os franceses atacam a
Indochina e a Rússia avança sobre a Manchúria.
A Paz ou Protocolo de Pequim, assinada em 7 de Setembro de 1901, põe fim à
revolta boxer, obrigando a China a pagar avultadas indenizações às grandes potências
(cerca de 330 milhões de dólares em ouro), impondo a soberania estrangeira em
zonas da capital, entregando numerosos portos à exploração ocidental, abrindo
novos tratados comerciais de "porta aberta" com as potências
signatárias e proibindo a importação de armamento. A cedência chinesa acentuou
a humilhação sentida, abrindo, no entanto, caminho à aplicação de reformas na
administração pública, no ensino e nas forças armadas, que haviam sido
iniciadas em 1898 por K'ang Yu-wei ("Os 100 Dias de Reforma").
Guerra do Ópio
A intenção, desde a época Mercantilista lá no começo da Idade Moderna,
era manter a balança comercial favorável, mas desta vez sob uma nova
ideologia comercial, o Imperialismo que, explicado de uma forma
extremamente simplista, é um Mercantilismo mais agressivo, calçado não só nos
acordos comerciais mas também no uso da força – quando necessário. E entre
todos os países que comercializavam com a coroa britânica, um em especial
estava levando uma incômoda vantagem sobre a balança inglesa: a China.
A China produzia e vendia chá de qualidade para os ingleses –
apreciadores históricos da bebida – além de seda e porcelana, que eram
apreciadas por toda Europa, e não comprava produtos ingleses com a mesma
intensidade. Resumindo, os ingleses compravam muito da China e os chineses não
se interessavam pelos produtos da Inglaterra.
A Inglaterra chegou a exportar 400 toneladas de ópio por ano para a
China, usando como porta de entrada do entorpecente o porto de Cantão.
O império chinês não via com bons olhos o consumo desenfreado do
ópio, existiam leis que puniam quem fosse encontrado consumindo a droga, mas
existia também certa vista grossa dos responsáveis pelo policiamento.
Sendo assim, em 18 de março de 1839 o imperador Daoguang – da dinastia
Qing – baixou um decreto proibindo de vez o comércio de ópio. Um emissário
do imperador foi morto por marinheiros ingleses enquanto inspecionava a
carga trazida por um dos navios ancorados no porto de Cantão, e este fato foi o
estopim para que o imperador mandasse os soldados confiscar e queimar cerca de
20 mil caixas de ópio.
Os ingleses, lógico, não aceitaram perder toda esta mercadoria e iniciaram
a Primeira Guerra do Ópio. Donos de um poderio marítimo militar tão forte
quanto seu poderio marítimo comercial, os ingleses não hesitaram em cercar e
bombardear Cantão e Nanquim.
Os chineses até tentaram resistir por um tempo, mas foi em vão, já que os
ingleses tinham maior poderio militar. Em 1842 os chineses assinaram
o Tratado de Nanquim, que permitia a abertura de cinco portos para os
ingleses – Cantão, Fuchou, Xangai, Amói e Ningpo -, a entrega da ilha de Hong
Kong, que ficaria sob controle inglês por 100 anos – mas só foi devolvida em
1997! – e previa o pagamento de uma pesada indenização pelos danos da guerra.
A Segunda Guerra do Ópio foi a união das marinhas britânica e
francesa contra os chineses nos ataques lançados em 1857. Óbvio que os chineses
saíram mais uma vez derrotados, e em 1858 os ingleses exigiram a assinatura
do Tratado de Tianjin, que indicava que onze portos chineses seriam
abertos ao comércio com o ocidente, garantia a liberdade de comércio aos
mercadores europeus e o livre trânsito de missionários cristãos pelo império
chinês.
Desta vez a China teve que acatar a legalização do comércio de ópio
pelos ingleses, e seu comércio e consumo só foram banidos com medidas mais
enérgicas a partir de 1949, após a Revolução Chinesa. Hong Kong, como citado
acima, só foi devolvida aos chineses mais de 100 anos depois, em 1999.
CONSEQUENCIAS DO IMPERIALISMO
Mesmo
estabelecendo uma extensa gama de justificativas, as nações imperialistas foram
responsáveis pela criação de uma série de problemas nos países dominados. O tal
“projeto civilizatório” defendido pelos partidários do neocolonialismo acabou
trazendo mudanças e problemas que não se encerraram ainda hoje. Segundo vários
estudiosos do assunto, os países africanos e asiáticos ainda experimentam os
terríveis efeitos do controle desenvolvido no século XIX.
Uma das mais delicadas questões pode ser observada com relação ao processo
de ocupação territorial. Muitas vezes, ignorando a historicidade e as
diferenças dos povos de uma mesma localidade, os imperialistas fizeram com que
um mesmo território agrupasse etnias e tribos rivais. Com isso, mesmo após a
saída das potências industriais, estas regiões se mostram assoladas por
conflitos, guerras civis e eventos genocidas de razões diversas.
Além disso, devemos enfatizar que a presença estrangeira foi acompanhada
por um desenfreado interesse de se extrair ao máximo as riquezas naturais dos
espaços colonizados. Dessa forma, nações que hoje poderiam usufruir de uma
situação econômica e social de maior estabilidade, enfrentam o desafio de
suportar a carestia de recursos considerados fundamentais para a sustentação de
seu povo. Atualmente, várias regiões dominadas enfrentam os perigos da miséria
e da pobreza.
Outra questão de grande importância gira em torno da desarticulação de
vários costumes e tradições que estavam arraigados por séculos entre os povos
dominados. Por se julgarem superiores às demais culturas existentes, os
imperialistas perseguiam determinadas práticas culturais que delineavam a
identidade dos povos dominados. Com isso, a autonomia de se pensar e conduzir a
própria cultura estiveram visivelmente usurpados pela introdução das diretrizes
ocidentais.
Atualmente, vários organismos de natureza internacional tentam auxiliar na
recuperação das regiões mais gravemente assoladas. Paralelamente, vários
ativistas políticos defendem que o prejuízo causado pela ação imperialista seja
parcialmente aplacado pelo perdão da dívida externa das nações prejudicadas
pelo imperialismo. De fato, será necessário um grande esforço para que todas
estas mazelas cedam espaço para dias mais prósperos e felizes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário