3º ANO_AULA 19 - IMPERIALISMO

IMPERIALISMO

             É o movimento do grande capital financeiro europeu em busca de novos mercados tanto na Ásia, África e na América Latina. Os Estados europeus eram o grande instrumento desse movimento, em que em alguns casos, houve ocupação militar e em outros, apenas entrada de capitais. O Imperialismo teve a sua arrancada com a crise e superprodução de 1873, que leva o grande capital europeu a buscar novos mercados, matérias-primas escoadouros para o excesso de capital na Europa. Não é à toa que a presença das empresas é maior que a dos governos nas colônias imperialistas.

O imperialismo contemporâneo pode ser também denominado como neocolonialismo, por possuir muitas semelhanças com o regime vigorado entre os séculos XV e XX, o colonialismo.


Na segunda fase da Revolução Industrial, os países europeus,  havia  quase que esgotado suas matérias primas e, devido ao grande investimento em máquina e aparelhagem industrial, necessitavam abrir seu mercado consumidor.

Com isso o período demarcou o processo de expansão do capitalismo industrial pela Europa, passava então de  capitalismo comercial para comercial e financeiro. As nações europeias precisavam de um volume cada vez maior de matéria-prima e buscavam a conquista de novos mercados consumidores que pudessem reverter a produção industrial destes países em lucro, além de mão de obra barata. Com isso, regiões dos continentes africano e asiático começaram a ser o principal alvo dessa demanda das nações industrializadas.

Estes Estados promoviam o controle político das regiões colonizadas para que as grandes empresas da nação pudessem conduzir e lucrar com a exploração econômica das riquezas disponíveis.

Para que esse projeto fosse viável, devemos levar em conta que o crescimento da população europeia teve um importante papel. O crescimento demográfico estimulava os europeus a se mudarem para estas regiões afro-asiáticas em busca de oportunidades econômicas. O excedente das grandes metrópoles do Velho Mundo acabava arcando com os impostos e a manutenção de contingentes militares que garantiam a dominação dos locais colonizados.

Além da África e da Ásia, onde houve colonização com invasão militar, houve também presença imperialista na América Latina, só que sem uso de forças militares. Eram exportações de capitais para esta região, que transformavam aquelas economias em dependentes das economias europeias. As economias latino-americanas eram especializadas na produção e exportação de artigos primários e importavam produtos industrializados e capitais europeus, sob a forma de empréstimos, construção de ferrovias, telégrafos etc.

 

DARWINISMO SOCIAL


A principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu sobre a África e a Ásia foi a utilização ideológica de teorias raciais europeias provenientes do século XIX. As que mais se destacaram foram o evolucionismo social e o darwinismo social.

Um dos discursos ideológicos que “legitimariam” o processo de domínio e exploração dos europeus sobre asiáticos e africanos seria o evolucionismo social. Tal teoria classificava as sociedades em três etapas evolutivas: 1 – Bárbara; 2 – Primitiva e 3 – Civilizada.

Os europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa (civilizada) e classificavam os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros. Portanto, restaria ao colonizador europeu a “missão civilizatória” através da qual, asiáticos e africanos teria de ser dominados. Sendo assim, estariam estes assimilando a cultura europeia, podendo ascender nas etapas de evolução da sociedade e alcançar o estágio de civilizados. O domínio colonial, a conquista e a submissão de continentes inteiros foram legal e moralmente aceitos. Desse modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades evoluírem.

O darwinismo social se caracterizou como outra teoria que legitimou o discurso ideológico europeu para dominar outros continentes.  Compactuava com a ideia de que a teoria da evolução das espécies (Darwin) poderia ser aplicada à sociedade. Tal teoria difundia o propósito de que na luta pela vida somente as nações e as raças mais fortes e capazes sobreviveriam.

A partir de então, os europeus difundiram a ideia de que o imperialismo, ou neocolonialismo, seria uma missão civilizatória de uma raça superior branca europeia que levaria a civilização (tecnologia, formas de governo, religião cristã, ciência) para outros lugares. Segundo o discurso ideológico dessas teorias raciais, o europeu era o modelo ideal/ padrão de sociedade, no qual as outras sociedades deveriam se espelhar. Para a África e a Ásia conseguirem evoluir suas sociedades para a etapa civilizatória, seria imprescindível ter o contato com a civilização europeia.

Hoje sabemos que o evolucionismo social e o darwinismo social não possuem nenhum embasamento ou legitimidade científica, mas no contexto histórico do século XIX foram ativamente utilizados para legitimar o imperialismo, ou seja, a submissão, o domínio e a exploração de continentes inteiros.

 

IMPERIALISMO NA ÁFRICA – A PARTILHA DA ÁFRICA


A divisão do Continente Africano teve seu início na segunda parte do século XIX. Porém, foi um pouco depois, na Conferência de Berlim (1884 – 1885) que a delimitação das fronteiras da África atingiu seu ponto máximo. Nesta conferência foram decididas normas a serem obedecidas pelas potências colonizadoras. Apesar do intuito inicial da reunião ter sido o de acertar os limites de interesse econômicos destes países na região, não foi possível alcançar um equilíbrio entre as ambições imperialistas de cada nação. A partilha da África foi decidida por Rússia, EUA e 14 países da Europa.

Líder do imperialismo na época, a Inglaterra dominou o norte do Mar Mediterrâneo até o extremo Sul do continente africano, região onde se encontrava o Cabo da Boa Esperança. Um importante nome britânico neste processo foi o de Benjamin Disraeli, que conseguiu tomar o Canal de Suez do completo domínio francês e egípcio. Este canal encurtava a distância entre os centros da indústria europeia e as áreas de colonização da Ásia, além disso, ligava o mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho.

Disraeli adquiriu ações do governo egípcio, fazendo com que o canal de Suez e todo Egito tivessem dupla administração: inglesa e francesa. Já em 1904, o governo inglês apoiou a França na conquista do Marrocos, tendo como moeda de troca o abandono dos franceses das terras egípcias.

Por fim, em 1885, a Inglaterra ainda anexou o Sudão, país ao Sul do Egito.
França, apesar de ter perdido o Egito para os britânicos, dominava 
ArgéliaTunísia, ilha de Madagascar, Somália Francesa, Marrocos e Sudão (depois dominado pela Inglaterra) desde 1830.

GUERRAS

 

Com a constante presença dos europeus no continente africano, desencadearam-se diversas disputas colonialistas. Uma delas foi a Guerra dos Bôeres (1899-1902). A Inglaterra, que dominava há muito tempo a Colônia do Cabo (África do Sul), entrou em conflito com os bôeres – colonos holandeses que dominavam Orange e Transvaal. A descoberta de ouro e diamantes na região e Johanesburgo, área dos bôeres, foi o que atraiu o interesse britânico. A Guerra dos Bôeres estourou em 1899 e foi até 1902. A Inglaterra saiu vitoriosa e anexou o território de Orange e Transvaal às suas colônias.
                        A Alemanha dominava a região que atualmente é conhecida como República dos Camarões,
Togo, sudeste e oriente da África. Já a Itália deteve o litoral da Líbia, Somália e Eritréia. A Bélgica ficou com o Congo.

 

IMPERIALISMO NA ÁSIA

 

Outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo é a entrada dos ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-1842). Esta guerra foi iniciada pelos ingleses após as autoridades chinesas, que já sabiam do mal causado por esta substância, terem queimado uma embarcação inglesa repleta de ópio. Depois de ser derrotada pelas tropas britânicas, a China, foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as cláusulas. A dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de 1949, ano da revolução comunista na China. 

Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes das colônias prestavam para eles. Eles não se importavam com as condições de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de exploração desumana e capitalista. Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas independências, porém herdaram dos europeus uma série de conflitos e países marcados pela exploração, subdesenvolvimento e dificuldades políticas.

As potências europeias lançaram-se ao controle da Ásia, onde encontraram matérias-primas e um grande mercado para os seus excedentes de manufaturas e capitais. Contudo, a existência de civilizações muito desenvolvidas dificultou a conquista e dominação do território asiático. A Grã- Bretanha concentrou sua ação na Índia, a chamada 'Joia da Coroa'. A França investiu pelo Sudeste, na Indochina. Cobiçada e disputada, a China acabou subjugada pelas potências capitalistas, com guerras, entre as quais a Guerra do Ópio (1841), e tratados desiguais que proporcionaram aos ocidentais direitos econômicos e políticos nas áreas de influência. O Japão conseguiu evitar o domínio estrangeiro, apesar das pressões norte-americanas, mas a vitoriosa ação do imperador Mutsuhito sobre os poderes locais ligados ao xogum, conseguiu restabelecer a centralização política. A Era Meiji industrializou e militarizou o país, alicerçando sua política imperialista.

Uma das regiões mais cobiçadas por diversas nações europeias no decorrer dos séculos XVI ao XIX foi a Índia. Os ingleses, no século XIX, assenhorearam-se da maior parte de seu território até o Ceilão (Sri-Lanka). Astutamente, impediram o surgimento de um poder central forte e estabeleceram um regime de "protetorado" sobre a Índia - regime que, na prática, significava a intervenção na administração local. Pela força ou pela intriga, os principados em que a Índia estava dividida iam sendo submetidos à administração da Companhia das Índias Orientais, empresa britânica que detinha o monopólio do comércio com o Oriente. 

A Guerra dos Boxers foi um conflito ocorrido na China entre os anos de 1899 e 1900, onde um violento grupo nacionalista lutava contra a presença dos estrangeiros em seu território. Inconformados com a inapetência do poder imperial em conter a intervenção imperialista no país, um grupo de lutadores da China desenvolveu uma sociedade secreta, conhecida como “A Sociedade dos Punhos Harmoniosos e Justiceiros”, para lutar contra os imperialistas.

Com o apoio velado das autoridades locais, os boxers empreenderam as suas primeiras ações realizando pequenos atos de vandalismo ao cortar linhas telegráficas, destruir ferrovias e perseguir os missionários cristãos. Em suma, apesar de uma organização incipiente, os participantes dessa revolta atacavam tudo aquilo que poderia representar a dominação dos ocidentais em seu país. Paulatinamente, o triunfo das primeiras ações impeliu o planejamento de ataques com maior gravidade.
Em 1857, a revolta dos Cipaios, primeiro movimento nacionalista indiano, colocou em perigo o domínio inglês, mas foi sufocada dois anos depois. 

Em 1877, a rainha Vitória, soberana britânica, era sagrada imperatriz da Índia. Poucos meses depois, em 15 de agosto do mesmo ano, o escritor português Eça de Queiroz escrevia sobre a Índia em Crônicas de Londres: "A grande fome é sucedida por uma fome maior, e diante da calamidade os celeiros acham-se vazios, as economias da nação, exaustas, o tesouro do governo gasto e a esperança perdida... Isso explica por que já morreram nas primeiras semanas de escassez 500 mil pessoas".

RESUMO DAS GUERRAS NO IMPERIALISMO

 

África do Sul, Guerra dos Bôeres 

Nos finais do século XIX, a África do Sul estava dividida nas repúblicas bôeres e nas colônias britânicas do Cabo e do Natal. Com a descoberta de minas de diamante na região, o Reino Unido decidiu dominar e explorar esse território, o que deu início às Guerras dos Bôeres. O Reino Unido ganhou a Segunda Guerra dos Bôeres e consequentemente o domínio efetivo do território, sob promessa de autonomia, o que deu origem à União Sul-Africana.

Índia, Revolta dos Cipaios, Gandhi e Imperialismo Britânico

 

Índia foi mais um país afetado pelo Imperialismo Britânico, que impôs através da formalidade o domínio militar e cultural através da justificativa do Darwinismo Social e do Eurocentrismo (Europa como centro do mundo e cultura superior às outras).

Com o fim de acabar com o imperialismo britânico na Índia a população fez a Revolta dos Cipaios, em que nacionalistas indianos apoiados pela população local e pelo exército da Índia reivindicavam o direito indiano à liberdade. Mas a revolta foi sufocada pela Inglaterra. Mais tarde, Mahatma Gandhi propôs uma luta sem armas e sem sangue derramado através do boicote de vários produtos ingleses.

 

Boxers

 

Para enfrentar o domínio estrangeiro se dedicavam ao treinamento de lutas marciais. Seus movimentos eram semelhantes a uma luta de boxe, daí o nome guerra dos Boxers.

Os colonizadores venceram, colocando fim em mais uma tentativa de pôr fim ao imperialismo ocidental na Ásia.

Revolta dos nacionalistas chineses contra estrangeiros e cristãos chineses ocorrida entre 1900 e 1901 – É uma reação à intervenção externa e à submissão da dinastia Manchu à dominação europeia na China. O movimento parte de uma associação secreta, a Sociedade Harmoniosos Punhos Justiceiros, conhecida como Sociedade dos Boxers, presente no norte do país. 

Apesar dos esforços do governo para suprimi-la durante o século XIX, a Sociedade dos Boxers conta com o apoio popular crescente e promove rebeliões e atentados contra estrangeiros e missionários cristãos.

Em 17 de junho de 1900, os rebeldes sitiam a parte da cidade de Pequim ocupada pelas delegações estrangeiras. Reino Unido, França, Japão, Rússia, Alemanha e EUA organizam uma expedição conjunta para combater o movimento. As tropas estrangeiras no norte do país fazem a corte chinesa se transferir para o Sião (atual Tailândia) e obrigam os boxers a se dispersar.

A coalizão ocupa Pequim em 14 de julho de 1900. Derrotada, a China é condenada a pagar uma grande indenização e a aceitar a política da Porta Aberta, pela qual seria reconhecida sua integridade territorial em troca de concessões econômicas ao Ocidente.

O Tratado, porém, não impede novas perdas territoriais. O Japão ocupa a Coréia, os alemães dominam a península de Chan-tung, os franceses atacam a Indochina e a Rússia avança sobre a Manchúria.

A Paz ou Protocolo de Pequim, assinada em 7 de Setembro de 1901, põe fim à revolta boxer, obrigando a China a pagar avultadas indenizações às grandes potências (cerca de 330 milhões de dólares em ouro), impondo a soberania estrangeira em zonas da capital, entregando numerosos portos à exploração ocidental, abrindo novos tratados comerciais de "porta aberta" com as potências signatárias e proibindo a importação de armamento. A cedência chinesa acentuou a humilhação sentida, abrindo, no entanto, caminho à aplicação de reformas na administração pública, no ensino e nas forças armadas, que haviam sido iniciadas em 1898 por K'ang Yu-wei ("Os 100 Dias de Reforma").

 

Guerra do Ópio

 

A intenção, desde a época Mercantilista lá no começo da Idade Moderna, era manter a balança comercial favorável, mas desta vez sob uma nova ideologia comercial, o Imperialismo que, explicado de uma forma extremamente simplista, é um Mercantilismo mais agressivo, calçado não só nos acordos comerciais mas também no uso da força – quando necessário. E entre todos os países que comercializavam com a coroa britânica, um em especial estava levando uma incômoda vantagem sobre a balança inglesa: a China.

A China produzia e vendia chá de qualidade para os ingleses – apreciadores históricos da bebida – além de seda e porcelana, que eram apreciadas por toda Europa, e não comprava produtos ingleses com a mesma intensidade. Resumindo, os ingleses compravam muito da China e os chineses não se interessavam pelos produtos da Inglaterra.

A Inglaterra chegou a exportar 400 toneladas de ópio por ano para a China, usando como porta de entrada do entorpecente o porto de Cantão. O império chinês não via com bons olhos o consumo desenfreado do ópio, existiam leis que puniam quem fosse encontrado consumindo a droga, mas existia também certa vista grossa dos responsáveis pelo policiamento.

Sendo assim, em 18 de março de 1839 o imperador Daoguang – da dinastia Qing – baixou um decreto proibindo de vez o comércio de ópio. Um emissário do imperador foi morto por marinheiros ingleses enquanto inspecionava a carga trazida por um dos navios ancorados no porto de Cantão, e este fato foi o estopim para que o imperador mandasse os soldados confiscar e queimar cerca de 20 mil caixas de ópio.

Os ingleses, lógico, não aceitaram perder toda esta mercadoria e iniciaram a Primeira Guerra do Ópio. Donos de um poderio marítimo militar tão forte quanto seu poderio marítimo comercial, os ingleses não hesitaram em cercar e bombardear Cantão e Nanquim. 

Os chineses até tentaram resistir por um tempo, mas foi em vão, já que os ingleses tinham maior poderio militar. Em 1842 os chineses assinaram o Tratado de Nanquim, que permitia a abertura de cinco portos para os ingleses – Cantão, Fuchou, Xangai, Amói e Ningpo -, a entrega da ilha de Hong Kong, que ficaria sob controle inglês por 100 anos – mas só foi devolvida em 1997! – e previa o pagamento de uma pesada indenização pelos danos da guerra.

A Segunda Guerra do Ópio foi a união das marinhas britânica e francesa contra os chineses nos ataques lançados em 1857. Óbvio que os chineses saíram mais uma vez derrotados, e em 1858 os ingleses exigiram a assinatura do Tratado de Tianjin, que indicava que onze portos chineses seriam abertos ao comércio com o ocidente, garantia a liberdade de comércio aos mercadores europeus e o livre trânsito de missionários cristãos pelo império chinês.

Desta vez a China teve que acatar a legalização do comércio de ópio pelos ingleses, e seu comércio e consumo só foram banidos com medidas mais enérgicas a partir de 1949, após a Revolução Chinesa. Hong Kong, como citado acima, só foi devolvida aos chineses mais de 100 anos depois, em 1999.

 

CONSEQUENCIAS DO IMPERIALISMO

 

                        Mesmo estabelecendo uma extensa gama de justificativas, as nações imperialistas foram responsáveis pela criação de uma série de problemas nos países dominados. O tal “projeto civilizatório” defendido pelos partidários do neocolonialismo acabou trazendo mudanças e problemas que não se encerraram ainda hoje. Segundo vários estudiosos do assunto, os países africanos e asiáticos ainda experimentam os terríveis efeitos do controle desenvolvido no século XIX.

Uma das mais delicadas questões pode ser observada com relação ao processo de ocupação territorial. Muitas vezes, ignorando a historicidade e as diferenças dos povos de uma mesma localidade, os imperialistas fizeram com que um mesmo território agrupasse etnias e tribos rivais. Com isso, mesmo após a saída das potências industriais, estas regiões se mostram assoladas por conflitos, guerras civis e eventos genocidas de razões diversas.

Além disso, devemos enfatizar que a presença estrangeira foi acompanhada por um desenfreado interesse de se extrair ao máximo as riquezas naturais dos espaços colonizados. Dessa forma, nações que hoje poderiam usufruir de uma situação econômica e social de maior estabilidade, enfrentam o desafio de suportar a carestia de recursos considerados fundamentais para a sustentação de seu povo. Atualmente, várias regiões dominadas enfrentam os perigos da miséria e da pobreza.

Outra questão de grande importância gira em torno da desarticulação de vários costumes e tradições que estavam arraigados por séculos entre os povos dominados. Por se julgarem superiores às demais culturas existentes, os imperialistas perseguiam determinadas práticas culturais que delineavam a identidade dos povos dominados. Com isso, a autonomia de se pensar e conduzir a própria cultura estiveram visivelmente usurpados pela introdução das diretrizes ocidentais.

Atualmente, vários organismos de natureza internacional tentam auxiliar na recuperação das regiões mais gravemente assoladas. Paralelamente, vários ativistas políticos defendem que o prejuízo causado pela ação imperialista seja parcialmente aplacado pelo perdão da dívida externa das nações prejudicadas pelo imperialismo. De fato, será necessário um grande esforço para que todas estas mazelas cedam espaço para dias mais prósperos e felizes.





























Nenhum comentário:

Postar um comentário