PERÍODO
PALEOLÍTICO: O INÍCIO DA HUMANIDADE
Os
grupos humanos do período paleolítico garantiam a sua sobrevivência,
basicamente, com as seguintes atividades econômicas: caça, pesca e coleta de
frutos, ovos e raízes. Por isso, chamamos as comunidades primitivas, desse
período, de caçadoras ou coletoras, isto é, só sobreviviam a partir dos bens
fornecidos pela natureza.
Havia
uma relação predatória: retirava-se da natureza, mas nada era reposto. Isso,
naquela época, não representava nenhuma ameaça ao meio ambiente, pois a
população humana era bem reduzida e só retirava da natureza o suficiente para
saciar sua fome.
Será
que, hoje em dia, poderíamos dizer o mesmo? A cada dia devemos aumentar nossas
preocupações com nosso planeta e o futuro de todas as formas de vida. Devemos
pensar nos recursos da natureza de que ainda precisamos e que não podemos
deixar esgotar. Por isso, a preservação da Natureza, nos dias de hoje, é tão
importante.
No paleolítico,
os seres humanos viviam em bandos, compartilhando o uso dos rios, das florestas
e dos lagos. Dormiam a céu aberto e, com o tempo, passaram a morar em grutas e
cavernas. Ninguém era dono de nada. Tudo pertencia a todos. Por conta disso,
ajudavam-se uns aos outros, na obtenção de alimentos, tendo, entre si, relações
de cooperação e de igualdade. Mas havia uma divisão natural do trabalho, por
sexo e idade: homens caçavam e pescavam, enquanto as mulheres, idosos e
crianças coletavam frutos.
VAMOS
APRENDER UM POUCO MAIS SOBRE OS HOMENS DO PALEOLÍTICO?
Os
instrumentos e artefatos dos homens do paleolítico eram rudimentares,
feitos, basicamente, de lascas de pedra. Mas, também, utilizavam ossos e
marfim.
As
comunidades do paleolítico eram nômades, isto é, não possuíam moradia
fixa, pois, frequentemente, deslocavam-se de uma região para outra, em busca de
alimentos. É, nesse período, que se descobre a utilidade do fogo e como
controlá-lo, o que significou um grande avanço para a humanidade.
A
partir da conquista do fogo, o homem começou a se aquecer no frio, cozinhar os
alimentos, defender-se dos animais ferozes e iluminar suas cavernas e grutas.
Em outras palavras, a partir do uso do fogo, o homem começou a acelerar sua
intervenção, modificação e controle sobre a natureza.
Por
volta de 30 mil a.C., surgem novos avanços, como o aperfeiçoamento das técnicas
de caça e pesca, o arco e a flecha e a criação da arte de pintura nas paredes
das cavernas, que são chamadas de pinturas rupestres.
Para
muitos estudiosos, da chamada PRÉ-HISTÓRIA, essas pinturas teriam um caráter
mágico e utilitário. Aumentariam as chances de sucesso na caça, especialmente
no abate de grandes animais, se esses animais fossem desenhados nas paredes das
cavernas antes de uma caçada.
Por
volta de 18 mil a.C., a Terra passou por transformações. A Era Glacial, cujo
processo durou milhares de anos, mudou, significativamente, a vida animal e
vegetal do planeta, alterando a relação entre o homem e a natureza. Outra fase
dada existência humana chegava: o Neolítico.
O QUE SÃO PINTURAS RUPESTRES?
Pinturas rupestres são pinturas e desenhos registrados
no interior de cavernas, abrigos rochosos e, mesmo ao ar livre. São artes do
período paleolítico, existe no mundo todo.
No Brasil, há vestígios de arte rupestre em
Florianópolis, Santa Catarina, Bahia e Piauí.
As pinturas geralmente representavam figuras de
animais como cavalos, mamutes e bisões e figuras humanas onde representavam à
caça, danças, rituais ou guerreiros.
As pinturas eram realizadas com os próprios dedos, com
pincéis feitos de pelos, penas, ou ainda com almofadas feitas de musgo ou
folhas. Eram utilizados materiais corantes minerais nas cores ocre-amarelo,
ocre-vermelho e negro. Sempre utilizavam pigmentos de cores naturais.
Além das pinturas rupestres a arte paleolítica
também fazia esculturas em marfim, osso, pedra e argila. Essas esculturas
representavam as “Vênus” primitivas, eram figuras femininas e também animais.
Foi através das pinturas rupestres que os arqueólogos
(pessoas que estudam coisas antigas, especialmente do período pré-histórico,
quando o homem ainda não conhecia a escrita), puderam estudar vários aspectos
dos seres humanos dessa época como viviam, o que faziam, do que se alimentavam,
e principalmente a localização das regiões onde habitavam.
A arte rupestre segundo hipóteses levantadas pelos
arqueólogos era uma das maneiras que eles usavam para se comunicar uns com os
outros
O DOMÍNIO
SOBRE O FOGO
Uma descoberta muito importante do período paleolítico
foi o fogo. Onde o homem primitivo inicialmente observou esse fogo surgindo
espontaneamente, aos poucos perderam o medo e começaram primeiramente
utilizá-lo de vez em quando e de maneira desorganizada, como fonte de
iluminação e aquecimento. Para isto foi necessário descobrir como mantê-lo
aceso, isto também resultou provavelmente da observação de que brasas resultantes
da queima natural de madeira podiam ser realizadas pela ação do vento, ou pelo
sopro, fazendo a chama reaparecer.
A etapa seguinte era fazer produzir o fogo, talvez
novamente pela observação eles notaram que o fogo aumentava pelo aquecimento de
galhos ou folhas secas, isto indicou que a chama poderia ser iniciada com
temperaturas elevadas. Desta forma, descobriram que o atrito entre dois pedaços
de madeira seca aumentava a temperatura e produzia a chama, que podia ser
ativada pelo sopro.
O homem primitivo através da observação também
encontrou outra maneira de produzir fogo. Observaram que o choque produzido
entre duas pedras produzia faíscas e que se colocassem folhas e galhos secos
próximos dessas faíscas conseguiam fogo.
Depois que o homem descobriu sua utilidade e como
acendê-lo, passou a assar a carne e a cozinhar vegetais, junto ao fogo se
reuniam, descansavam e se protegiam do frio e dos ataques de animais ferozes.
O grande avanço do homem paleolítico foi à descoberta
do fogo, ele através de observação conseguiu utilizá-lo e também produzi-lo, o
processo era simples, batiam uma pedra na outra para sair a faíscas ou
esfregando duas madeiras uma na outra para gerar o calor.
DEIXANDO A VIDA NÔMADE
Ao longo dos últimos 20.000 do período paleolítico, as
relações dos seres humanos entre si e com a natureza passaram por grandes
transformações. Houve progressos na domesticação dos animais e no pastoreio e,
há cerca de 10.000 anos atrás, desenvolveu-se a agricultura (que para muitos estudiosos é o maior avanço cultural
da humanidade).
O cultivo dos campos tornou possível a multiplicação
das aldeias, pois as pessoas passaram a ter uma fonte de alimentos mais segura
e regular. Os grupos humanos puderam, então, permanecer mais tempo em
determinadas regiões plantando e colhendo nas proximidades das aldeias. Essas
mudanças fundamentais ficaram conhecidas como Revolução Neolítica ou Revolução
Agrícola.
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