8º ANO_AULA 16 – FIQUE LIGADO!!! VAMOS RELEMBRAR... MOVIMENTOS OPERÁRIOS DURANTE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (LUDISMO E CARTISMO)

MOVIMENTOS OPERÁRIOS

 

1. LUDISMO

 

Por conviverem com tantas adversidades, os trabalhadores chegaram à conclusão que precisavam começar a lutar por seus direitos. O LUDISMO estourou em 1811 e foi uma das primeiras revoltas dos operários que eram contra os avanços tecnológicos que substituíam homens por máquinas. O nome do movimento deriva de um de seus líderes, Ned Ludd.

Movimentos como o LUDISMO eram revoltas em que os trabalhadores invadiam as fábricas e destruíam as máquinas, ficando conhecidos como quebradores de máquinas. Existiam esquadrões ludistas que andavam armados com martelos, pistolas, lanças e, durante a noite, andavam de um distrito ao outro, destruindo tudo o que encontravam. Muitos manifestantes foram condenados à prisão, à morte, à deportação e até à forca. O LUDISMO durou alguns anos, mas, aos poucos, os manifestantes constataram que não era contra as máquinas que deveriam agir, e sim, contra o uso que os proprietários faziam delas, explorando ainda mais a mão de obra dos operários.

 

2. CARTISMO

 

De forma um pouco mais organizada, em 1836, surgiu o CARTISMO, constituído pela Associação dos Operários e liderado por Feargus O’Connor e William Lovett. Os cartistas reivindicavam direitos políticos, como o sufrágio universal (direito de voto), o voto secreto, melhoria das condições e da jornada de trabalho. Redigiram a Carta do Povo, em que pediam um conjunto de reformas junto ao Parlamento. Inicialmente, as exigências não foram aceitas pelo Parlamento, o que gerou muitas revoltas por parte dos operários. Da Carta do Povo surgiu o nome do movimento.

Depois de muitas tentativas e lutas, o CARTISMO foi se dissolvendo até terminar. Porém, o espírito do movimento não se perdeu, e ganhou maior presença política depois de algum tempo, fazendo com que algumas leis trabalhistas fossem criadas.


3. TRADE-UNIONS E SINDICATOS

Os operários chegaram então à conclusão de que a união era fundamental para se contrapuser ao empresariado. Daí, criaram os sindicatos que passaram a organizar greves e passeatas, exigindo a redução da jornada de trabalho, o fim dos castigos físicos nas fábricas e o aumento de salário.

A burguesia (proprietários das fábricas, bancos, comerciantes etc.) e o próprio governo, viam um grande perigo nessas associações e os sindicatos passam a ser ameaçados com violência. As reuniões tinham que ser secretas, não havendo sedes sindicais. Mas, aos poucos, os trabalhadores foram se reorganizando e realizando novas greves e novos protestos. Os proprietários tinham prejuízo, pois não achavam quem trabalhasse durante as manifestações.

Em 1824, diante de todo o crescimento das lutas operárias, o governo inglês aprovou a primeira lei a permitir a organização sindical dos trabalhadores. Depois dessa conquista, o sindicalismo se fortalece ainda mais.

A partir desse momento, começaram a surgir organizações de federações que unificavam várias categorias dos trabalhadores, e, em 1830, foi fundada a primeira entidade geral dos operários ingleses. Em seu apogeu, ela chegou a ter cerca de 100 mil membros.

Em 1866, ocorreu o primeiro congresso internacional das organizações de trabalhadores de vários países, que representou um grande avanço para a união dos assalariados. Desse congresso surgiu a fundação da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT).

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário