9º ANO_AULA 17 - UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA ALEMANHA

A unificação da Alemanha e Itália trouxe insatisfação em relação à partilha da África e Ásia gerando uma competição...

Processo de Unificação da Itália e Alemanha


A Construção da Nação

 O termo nação e nacionalismo é recente na história europeia, data do século XVIII, na época das revoluções burguesas → que questionava o Estado como patrimônio da nobreza e elaborava modelos de Estados independentes. Os modelos de construção dos Estados ao longo do século XIX (na Europa e no Mundo) são copiados dos modelos franceses e norte-americanos.

Visto de um ângulo mais abrangente, naciona­lismo pode ser identificado como um sentimento de preferência por tudo o que é próprio da nação. A ex­pressão está ligada, portanto, à ideologia nacional, ou seja, à ideia de que existem laços culturais, históricos e linguísticos que unem os habitantes de um determi­nado território → atualmente está ligado ao ideal de defesa e desenvolvimento econômico nacional.


Unificação Italiana

 

             As revoluções de 1848 na Itália tiveram um cará­ter essencialmente nacionalista. Pretendia-se libertar as regiões que se encontravam sob domínio austrí­aco e, a partir daí, concretizar a unificação italiana → O fracasso desse levante revolucionário demonstrou a necessidade de ajuda externa → a base da unificação então será com o apoio externo e não com um levante popular → com a liderança do Estado de Piemonte-Sardenha.

Propostas di­vergentes. O Ressurgimento, composto pela alta bur­guesia e pela nobreza fundiária e orientado pelo conde e grande proprietário de terras Camilo di Cavour, visa­va à unificação com a implantação de uma monarquia liberal. O movimento conhecido como Jovem Itália pretendia unificar o país e implantar um regime repu­blicano. Era apoiado pela pequena e média burguesia e liderado por Giuseppe Mazzini.

Com menor expres­sividade existiam os grupos religiosos que defendiam a ideia de que o melhor para a Itália seria constituir-se em uma nação presidida pelo papa.

A liderança do proces­so de unificação se dividiu entre os seguidores Ressurgimento e os "ca­misas vermelhas" de Giuseppe Garibaldi (que já havia lutado pelos ideais republicanos no Brasil e em outras áreas da América Latina).

A participação da França: foi a favor contra Rússia e Áustria e contra: durante a conquista de Roma e dos Estados Pontifícios (teve que desistir devido às derrotas na Guerra Franco-Prussiana).

Questão Romana: O conflito entre o Estado e a Igreja na Itália → que só foi resolvido em 1929 com o Tratado de Latrão → que criou o Estado do Vaticano e tornou o catolicismo religião oficial na Itália. 

A Unificação Alemã

Histórico

 Sacro Império Romano-Germânico → século XVII: divisão em cerca de 300 unidades (por motivos religiosos, dinásticos ou políticos) → após as Guerras Napoleônicas: 38 Estados na Confederação Germânica do Norte (sob a hegemonia Austríaca) → 1834, União aduaneira ou Zollverein (supressão das barreiras alfandegárias entre os Estados Alemães) → 1870, forma-se o Estado Nacional Alemão.

A liderança da unificação coube a Prússia de Guilherme I, assistido por Bismarck. → aliança entre os Junkes (nobreza aristocrática que participava do estado e exército alemães) e a alta burguesia (interessada na continuidade do processo de modernização da Alemanha).

Guerras de Conquistas: Contra a Dinamarca (teve o apoio da Áustria), contra a Áustria (teve o apoio da Itália) e contra a França (na Batalha Franco-Prussiana, onde a França perdeu os territórios da Alsácia e Lorena).

Unificações Nacionais – Itália, Alemanha e EUA

 

As unificações italiana e alemã alteraram profundamente o quadro político da Europa no século XIX, rearticulando um equilíbrio de forças que resultaria na I Guerra Mundial (1914­ - 1918). Na base desses processos estavam os movimentos liberais, acentuadamente nacionalistas nestes países. No mesmo contexto, de consolidação dos Estados Nacionais, insere-se a Guerra de Secessão nos EUA.


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